No Estádio do Dragão, no Porto, o defesa nigeriano e o avançado brasileiro ‘saltaram’ do banco para marcarem aos 69 e 87 minutos, respetivamente, construindo o primeiro êxito dos campeões nacionais na edição 2022/23 da prova, na sequência de desaires na visita aos espanhóis do Atlético de Mafrid (1-2) e na receção aos belgas do Club Brugge (0-4).

Sérgio Conceição tornou-se o treinador mais vitorioso pelo FC Porto na ‘Champions’, ao suplantar o recorde de 16 triunfos de Jesualdo Ferreira, num encontro com significativa intervenção do videoárbitro (VAR), que contribuiu para invalidar um golo a cada equipa e assinalar um penálti a favor dos germânicos, que o guarda-redes Diogo Costa defendeu.

O FC Porto subiu à segunda posição do Grupo B, com três pontos, em igualdade com o Bayer Leverkusen, terceiro, e com o Atlético de Madrid, quarto e último, que perdeu por 2-0 no terreno do Club Brugge, surpreendente líder isolado, com nove.

Quatro dias depois da goleada na receção ao Sporting de Braga (4-1), da oitava jornada do campeonato, Sérgio Conceição devolveu João Mário ao ‘onze’ inicial ‘azul e branco’, que voltou a incluir Matheus Uribe, recuperado de uma recente cirurgia ao punho direito.

De regresso à Liga dos Campeões, após ter cumprido castigo ante o Club Brugge, Mehdi Taremi foi homenageado ao nono minuto pelos adeptos portistas, em solidariedade com os protestos pelos direitos das mulheres no Irão, enquanto o jogo iniciava com equilíbrio.

O Bayer Leverkusen surgiu mais confiante em campo e viu mesmo Callum Hudson-Odoi introduzir a bola na baliza de Diogo Costa, aos 16 minutos, num lance invalidado através do videoárbitro, por falta de Robert Andrich sobre Pepê logo no início do contra-ataque.

A pressão alemã foi acentuando a ansiedade do FC Porto em chegar ao golo, à exceção dos 40 minutos, quando Uribe atirou de fora da área para uma defesa apertada de Lukás Hrádecký, aos 40 minutos, segundos antes de outra tentativa de longe de Patrik Schick.

A partida adquiriu subitamente contornos ‘frenéticos’ a caminho do intervalo, com o árbitro inglês Anthony Taylor a voltar ao VAR para punir uma mão na bola de David Carmo na área portista, anulando o golo de Taremi e assinalando penálti para o Bayer Leverkusen.

Diogo Costa susteve a conversão de Patrik Schick, aos 43 minutos, vencendo de novo o duelo com o avançado, que há 10 dias também tinha falhado um castigo máximo no jogo República Checa-Portugal, para a Liga das Nações, rematando então por cima da barra.

Sérgio Conceição trocou Bruno Costa por Otávio e lançou o FC Porto para uma entrada acutilante no reatamento, visível num par de iniciativas de Taremi, aos 49 minutos, e de Stephen Eustáquio, aos 59, perante uma equipa de Gerardo Seoane mais resguardada.

Galeno e Zaidu vieram refrescar os flancos na última meia hora e ajudaram a quebrar a resistência dos ‘farmacêuticos’, aos 69 minutos, com o brasileiro a descobrir em contra-ataque Taremi, que cruzou na direita para um improvável tento de cabeça do nigeriano.

O Bayer Leverkusen trouxe do banco soluções atacantes, mas jamais soube resgatar o dinamismo apresentado durante a etapa inaugural e sofreu novo ‘golpe’, aos 87 minutos, outra vez orquestrado pelo ‘génio’ de Mehdi Taremi, que serviu a finalização de Galeno.

No minuto seguinte, Jeremie Frimpong foi admoestado com o segundo cartão amarelo e deixou em inferioridade numérica os alemães, que quase consentiram mais um golo dos ‘dragões’ já nos ‘descontos’, impossibilitado pelo ‘falhanço’ de Otávio em posição frontal.