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FC Porto desperdiça dois pontos em Vila do Conde
O FC Porto saiu hoje de Vila do Conde a quatro pontos do Sporting, ao empatar sem golos com a equipa local, o Rio Ave, em jogo da terceira jornada da Liga portuguesa de futebol
FC Porto desperdiça dois pontos em Vila do Conde

Autor: Lusa/AO online
Com três jornadas disputadas, os campeões nacionais cederam pontos pela segunda vez. Na jornada anterior foi com o Benfica, também fora - hoje foi perante um Rio Ave inteligente, solidário e bem organizado, que já tinha surpreendido ao empatar com o Benfica, na ronda inaugural (1-1).
Esta noite, o FC Porto surpreendeu pela negativa até ao intervalo. Foi uma equipa lenta, pouco pressionante e até apática, tendo arriscado muito pouco no ataque e deixando jogar o seu adversário.
O Rio Ave aproveitou a atitude demonstrada pelo campeão nacional e mostrou-se tranquilo, conseguindo trocar a bola com relativa e surpreendente facilidade nas saídas para o ataque.
Ainda assim, o momento de maior perigo criado durante toda a primeira pare coube à equipa treinada por Jesualdo Ferreira, na sequência de um bom trabalho colectivo no lado direito, que deixou isolado Sapunaru (14 minutos).
O que valeu ao Rio Ave foi que Paiva saiu rapidamente aos pés do lateral direito portista e cedeu canto.
O lance não teve quais reflexos no jogo, que se manteve desinteressante e que mostrou duas equipas pouco disponíveis para correr riscos, como que temendo expor-se a um qualquer contra-ataque.
O Rio Ave continuou a fazer o seu jogo, procurando conservar a bola o mais tempo possível, para assim “adormecer” o seu adversário. Ao mesmo tempo, a equipa revelou uma grande segurança defensiva e soube roubar espaços ao seu adversário, dificultando-lhe as saídas rápidas para o ataque.
Lucho andou perdido no meio do superpovoado meio campo da equipa de Vila do Conde, o que retirou organização, criatividade atacante e improviso ao FC Porto.
Rodriguez e Lisandro também andaram perdidos no meio da teia montada pelo Rio Ave, uma equipa hoje muito disciplinada em termos defensivos.
No segundo tempo, tudo mudou. O FC Porto surgiu transfigurado, pôs velocidade no seu jogo e nas trocas de bola e o Rio Ave começou a tremer e a recusar cada vez mais para junto da sua baliza.
Aos 59 minutos, Lisandro obrigou Paiva a uma defesa difícil. Era um sinal claro de um FC Porto mais igual a si próprio, dominador e impondo um ritmo elevado, em contraste nítido com o futebol amorfo que apresentou no primeiro tempo.
Nessa altura já Hulk e Lino tinham entrado para os lugares dos apagados Mariano Gonzalez e Fucile. Jesualdo procurou a todo o custo mudar o rumo dos acontecimentos
Pouco depois, o treinador do conjunto anfitrião, João Eusébio, respondeu, substituindo Livramento e Chidi, já esgotados, por Tarantini e Semedo, este autor do golo que deu ao Rio Ave um saboroso empate com o Benfica, na primeira jornada.
Após um livre contra o Rio Ave, cobrado por Lucho Gonzalez, que Paiva defendeu para o poste, pediu-se penalti por alegada mão de um jogador vilacondense. Pedro Proença ignorou, fazendo o mesmo pouco depois quando Hulk apareceu caído na área do Rio Ave, após duelo com um adversário.
Só de tempos a tempos é que o Rio Ave conseguia aproximar-se da baliza de Helton, quase sem mais espectador do que outra coisa. Isto porque a pressão portista foi-se intensificando e Semedo, muito só no ataque, não chegava para as encomendas e era presa fácil de Rolando e Bruno Alves.
Sucederam-se os cruzamentos para a grande área do Rio Ave, Sapunaru, na direita, e Lino, na esquerda, ajudaram activamente na tentativa de derrubar a muralha contrária, mas em vão.
Paiva, Gaspar, Bruno Mendes e companhia foram resistindo e tapando todos os caminhos para a sua baliza, apesar dos esforços de Lisandro, Lucho e Rodriguez, hoje no entanto muito apagados.
A certa altura, a resistência vilacondense assumiu mesmo foros de heroísmo, assim se explicando, em boa medida, o nulo verificado hoje em Vila do Conde. 
O jogo tornou-se muito interessante, intenso e imprevisível, com o FC Porto a dar tudo por tudo para desfazer uma igualdade que não lhe interessava e o Rio Ave a dar também o seu melhor para garantir pelo menos um ponto.
O Rio Ave defendeu muito e quase sempre bem, por vezes também alguma sorte. Paiva também esteve muito bem, defendendo tudo e contribuindo decisivamente para um empate saboroso e muito sofrido.
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