Autor: Lusa/AO Online
«Retirámos duas divisões de infantaria responsáveis pelas tarefas de segurança interna», declarou em Nova Deli um porta-voz do exército, coronel Om Sing, avaliando o número de homens em «cerca de 30 000».
Trata-se de uma das retiradas mais importantes desde 1999, quando a Índia e o Paquistão se confrontaram durante seis semanas numa guerra não declarada que causou um milhar de mortos dos dois lados.
A parte de Caxemira sob administração indiana é há 20 anos palco de uma rebelião da maioria muçulmana contra o domínio indiano, que causou mais de 47 000 mortos.
O coronel Singh indicou que o número de soldados destacados ao longo dos 746 quilómetros da «linha de controlo» - a fronteira de facto entre Caxemira sob controlo indiano e sob controlo do Paquistão - não foi reduzido.
«Eles não podem ser retirados (da zona) porque se trata de um destacamento permanente», declarou, recusando-se a precisar o número.
Os peritos avaliam em cerca de 120 000 o número de soldados indianos estacionados ao longo da linha de controlo e em várias centenas de milhares o destacamento militar indiano em toda a região de Caxemira.
A violência diminuiu na zona desde que a Índia e o Paquistão iniciaram um processo de paz em 2004 e que o governo indiano anunciou a sua vontade de entregar as operações de segurança de rotina à polícia.
O diferendo territorial entre os dois países, que reivindicam a soberania sobre Caxemira, remonta à divisão de 1947.