Açoriano Oriental
Exercício com mil militares testa catástrofe e segurança no arquipélago da Madeira
Mil militares participam em novembro num exercício que vai testar uma catástrofe natural e uma crise de segurança no arquipélago da Madeira, anunciou o comandante Operacional Conjunto do Estado-Maior-General das Forças Armadas.

Autor: Lusa/AO online

“Eu digo que, cada dia que passa, falta menos um dia para termos uma catástrofe a sério em qualquer parcela do território nacional, seja no continente, na Madeira ou nos Açores, e cada dia que passa, falta menos um dia para haver uma crise de segurança ou de guerra que vai obrigar ao empenhamento de todos, mas de todos os organismos do Estado, independentemente das ‘quintas’ que possam haver”, disse o tenente-general Vaz Nunes, numa conferência de imprensa no Comando Operacional da Madeira, no Funchal.

Vaz Nunes acrescentou que “não vai haver desculpas – e as Forças Armadas não terão desculpas – se não estiverem em condições de dar resposta a qualquer situação de crise grave que aconteça no país”.

Nesse sentido, adiantou o tenente-general, construiu-se este exercício militar, denominado “Lusitano 2013”, que se realiza de 18 a 29 de novembro e engloba o exercício regional “Zarco”.

Um dos cenários, o da catástrofe natural, passa-se, sobretudo, na ilha da Madeira, com “condições atmosféricas muito graves”. O segundo, de crise de segurança, é relativo a um navio pertencente a uma organização terrorista que, após uma avaria, pede para se deslocar para a ilha do Porto Santo.

“Toda a envolvente do exercício já começou a sério há 15 dias. Já tivemos uma fase académica, onde todos os militares envolvidos na estrutura do Comando Operacional Conjunto estiveram no Instituto de Estudos Superiores Militares, está neste momento a decorrer todo o planeamento relativo ao exercício no Estado-Maior-General (…) e, depois, havemos de ter o exercício”, referiu o tenente-general.

Segundo o comandante Operacional Conjunto do Estado-Maior-General das Forças Armadas, “somando os meios aéreos, terrestres e navais”, participam na iniciativa “cerca de mil militares”, 650 de fora da região.

Na iniciativa, vão estar, também, uma vintena de observadores dos dez países do Mediterrâneo Ocidental que integram o “Diálogo 5+5”, grupo que procura, através de “medidas concretas de cooperação”, criar e manter “um clima de confiança e de franca colaboração” entre estes estados.

De acordo com informação do Estado-Maior-General das Forças Armadas, o exercício “Lusitano 2013” realiza-se em formato de postos de comando e exercício real com forças no terreno”.

“Implica o envolvimento do Comando Operacional Conjunto, do Comando Operacional da Madeira, da Força de Reação Imediata, assim como de forças e capacidades dos três ramos das Forças Armadas”, refere a instituição, esclarecendo que integra, também, outros Departamentos do Estado, além do Ministério da Defesa Nacional, e o Serviço Regional de Proteção Civil.

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