Autor: Susete Rodrigues
De acordo com comunicado, o eurodeputado quer saber que
avaliação faz a Comissão Europeia do “cumprimento do Plano de
Reestruturação aprovado, das condições definidas em 2022 e do impacto
dessas medidas e da sua execução nos resultados operacionais e
financeiras do Grupo SATA conhecidos até à data”.
André Franqueira
Rodrigues questiona ainda se a Comissão Europeia considera que, face à
decisão do Governo Regional dos Açores de anular o processo de
alienação do capital social da Azores Airlines, é “ainda ajustada a
alienação de 51% a 85% conforme proposto pelo mesmo e se a Comissão
Europeia está disponível para rever o calendário e prorrogar o prazo
para a conclusão do processo de privatização”.
O eurodeputado socialista quer também saber que avaliação faz a Comissão Europeia sobre o “empréstimo obrigacionista contraído pelo Grupo SATA, em 2022, no valor de 60 milhões de euros junto da JP Morgan”.
Em declarações à Rádio Açores TSF, André Franqueira Rodrigues, sublinha que o Grupo SATA, através das empresas Azores Airlines e SATA Air Açores, “tem um papel essencial para garantir o princípio da continuidade territorial, das acessibilidades aos Açores e da livre circulação e usufruto pelos seus habitantes, empresas e organizações do Mercado Único Europeu”. Por isso, considera ser importante que a Comissão Europeia, “na análise que faz, às nossas características e à situação da empresa, têm isso bem presente, porque não temos, neste momento, alternativas”.
O deputado
socialista ao Parlamento Europeu diz ainda que é “muito importante que
os açorianos saibam, a par e passo, qual é a avaliação que a Comissão
faz dos objetivos do Plano de Reestruturação que previa a melhoria da
operacionalidade e o reequilíbrio financeiro das companhias do Grupo
SATA”.
André Franqueira Rodrigues espera que a Comissão Europeia, “como elemento indispensável nesse processo de acompanhamento, contribua com as suas repostas para trazer maior clareza e transparência”, porque “efetivamente existem muitas dúvidas, e penso que os açorianos carecem dessas respostas”, frisou, para recordar que o próprio júri do concurso “também colocava mais dúvidas”.
Assim, para o eurodeputado socialista, “é chegada a hora de percebemos qual é o ponto de situação e que soluções é que podem existir. Penso que devemos estar todos envolvidos, independentemente das cores políticas. Devemos estar todos concentrados, cada um na sua função, e procurar ajudar para que haja uma solução positiva e perceber quais os limites e fronteiras que podem existir para procurarmos essa mesma solução”, finalizou.