Autor: Paula Gouveia
O aumento da idade da escolaridade obrigatória e um “novo perfil de jovens” são duas das “transformações sociais” registadas nos últimos anos com as quais os Centros de Desenvolvimento e Inclusão Juvenil (CDIJ)têm-se confrontado, exigindo que se proceda a mudanças na Rede Regional dos CDIJ.
A conclusão consta do relatório de diagnóstico ao
funcionamento dos CDIJ, estruturas de resposta ao abandono escolar
precoce e à promoção do sucesso educativo, com o objetivo último de
reduzir o número de jovens “nem-nem” ou NEET, ou seja, jovens que não se
encontram a estudar, nem em formação, nem a trabalhar.
O documento
resultou da avaliação feita por um grupo de trabalho, constituído por
orientação da secretária regional da Solidariedade Social, com vista a
uma eventual revisão do papel dos CDIJ. E, de acordo com este relatório,
os CDIJ têm lidado com um “novo perfil de jovens”, mais imaturos, com
menor capacidade de abstração e reflexão, com problemáticas mais
demarcadas (ao nível do consumo de substâncias psicoativas e em práticas
delinquentes), com um novo padrão de linguagem, comunicação e relação
disfuncionais, numa linha de problemas de comportamento entre o
psicossocial e as questões mais específicas da área da saúde mental.
Por
outro lado, o diagnóstico permitiu concluir que o aumento da idade da
escolaridade obrigatória levou a que os CDIJ tivessem necessidade de uma
intervenção conjunta com as escolas, e não apenas focada no
pós-abandono escolar e transição para a vida ativa.
Reportagem completa na edição de domingo, 2 fevereiro 2020, do jornal Açoriano Oriental