Açoriano Oriental
Terrorismo
Estados Unidos desvalorizam ameaças do "número dois" da Al-Qaida
O Departamento de Estado norte-americano considerou "desprezíveis" as declarações do "número dois" da Al-Qaida, que numa mensagem áudio divulgada quarta-feira critica o Presidente eleito, Barack Obama, e incita ao ataque contra a "América criminosa".

Autor: Lusa/AOonline
De acordo com o Departamento de Segurança Nacional, a gravação de Ayman al-Zawahiri, a primeira reacção da rede terrorista à eleição de Barack Obama, não contém nenhum indício que possa representar um possível aumento da ameaça terrorista contra o território norte-americano.

    Por seu lado, a equipa de Obama recusou comentar o conteúdo da gravação.

    A mensagem áudio, ilustrada com algumas imagens de vídeo e fotografias, foi colocada em vários sites da Internet que apoiam o grupo terrorista liderado por Usama Bin Laden.

    O segundo líder mais importante da organização acusou Barack Obama de ter traído as suas raízes islâmicas (o pai, queniano, era muçulmano) e de ser "um escravo" de Israel que preferiu alinhar com "os inimigos do Islão", numa referência à escolha de um judeu para chefe de gabinete e às promessas de cooperação com o governo de Telavive.

    "Filho de um pai muçulmano escolheu apoiar os inimigos do Islão. Não é um negro honrado como Malcolm X, mas um escravo", disse Ayman al-Zawahiri, numa comparação entre Obama e um dos mais importantes líderes do movimento contra a discriminação dos negros nos Estados Unidos, que era muçulmano.

    O futuro Presidente norte-americano já assumiu que uma das suas prioridades é a captura de Usama Bin Laden e a destruição da Al-Qaida, prometendo reforçar o contigente militar no Afeganistão.

    "Aquilo que você anunciou (...) que iria retirar soldados (norte-americanos) do Iraque (para os enviar) para o Afeganistão é uma política destinada ao fracasso", disse o adjunto egípcio de Usama Bin Laden.

    Ao longo dos 11 minutos da mensagem, Ayman al-Zawahiri afirmou, também, que a eleição de Obama não mudou a política do país em relação ao Islamismo e incitou ao ataque à "América criminosa".

    "A América, esse cruzado criminoso e usurpador, continua a ser a mesma de sempre e por isso devemos continuar a atacá-la para que regresse ao bom senso", concluiu.
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