Açoriano Oriental
Enfermeiros nos Açores com empregabilidade de 97,2%

A secção regional dos Açores da Ordem dos Enfermeiros apresentou um estudo indicando que, de entre os inscritos na entidade entre 2008 e 2018, há 97,2% de taxa de empregabilidade, com 14,8% do trabalho a ser precário.

Enfermeiros nos Açores com empregabilidade de 97,2%

Autor: Lusa/AO online


"Era importante alargar a janela e a abrangência do estudo até dez anos", assinalou o presidente do conselho diretivo regional da ordem, Luís Furtado, na apresentação à imprensa do "Estudo de Empregabilidade dos Enfermeiros Açorianos (2008-2018)".

A recolha de dados decorreu entre 01 e 31 de maio deste ano e visou os enfermeiros inscritos na Ordem nos Açores entre 2008 e 2018, num total de 733 membros.

Foram validadas 580 respostas, a que corresponde uma taxa de resposta de 79,1%, com um nível de significância de 95% e uma margem de erro de 2%.

No que refere à situação laboral, a taxa de empregabilidade é de 97,2%, e entre 2008 e 2018 "apenas um enfermeiro não tinha conseguido um único emprego", frisou Luís Furtado.

Os vínculos estáveis foram de 85,6%, ao passo que os de trabalho precário, não efetivo, situaram-se nos 14,8%.

O setor público absorve 71,9% dos atuais vínculos, ao passo que o setor da economia solidária retém 19,5% dos enfermeiros.

A espera pelo primeiro emprego é, em média, pouco superior a cinco meses, mas 83,9% destes empregos são precários, seja por via de programas pró-empregabilidade regionais, prestação de serviços ou contrato a termo certo.

Contudo, perto de 17% dos profissionais dizem ter a intenção de abandonar a profissão, seja por "desilusão", "falta de perspetiva de futuro" ou "remuneração insuficiente face às responsabilidades".

Os Açores têm atualmente cerca de 2.200 enfermeiros, abarcando o estudo apenas os inscritos na Ordem a partir de 2008.

A secção regional da Região Autónoma dos Açores da Ordem dos Enfermeiros realiza, a cada dois anos, o Estudo de Empregabilidade e Inserção Profissional dos Enfermeiros Recém-Inscritos, sendo a única no território nacional a monitorizar periódica, e sistematicamente, este indicador.

O indicador permite a "definição de tendências ao nível da empregabilidade", destaca Luís Furtado, que termina o seu mandato em dezembro, indo então a secção da Ordem a votos.


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