Açoriano Oriental
Política
“Em Portugal temos tudo às avessas”
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, considerou hoje que em Portugal está “tudo às avessas”, defendendo que é necessário pôr quem tem boas ideias a governar e quem revela inação a fazer os trabalhos de casa.
“Em Portugal temos tudo às avessas”

Autor: Lusa/AO online

“Em Portugal temos tudo às avessas: temos um Governo que dá a impressão de querer gastar ainda mais e sem critério, e depois exige da oposição que diga como deve governar”, referiu. Passos Coelho sustentou que o Governo está sempre à espera que seja a oposição a dizer tudo. “Até querem que seja a oposição a dizer como é que o Estado deve gastar o dinheiro”, justificou. Na opinião do dirigente social democrata, o Governo deixou de ser Governo. “Passou a colocar-se na posição tradicional das oposições, que têm normalmente um papel mais fácil, que é o de reclamar mais direitos, mais gastos, mais dinheiros, em vez de explicar à sociedade que é preciso gerir melhor”, alegou. Sublinhou ainda que é preciso voltar a pôr tudo direito. “Mas, para voltar a pôr tudo no direito, talvez seja preciso pôr quem tem as boas ideias a governar e quem revela tanta inação, se calhar, a fazer os trabalhos de casa que já não faz há muitos anos”, apontou. Passos Coelho, que visitou durante a manhã de hoje duas instituições de solidariedade social de Viseu, criticou ainda o Governo por nem sempre desempenhar bem a função de apoio a este tipo de instituições. “Gastando muito dinheiro, muitas vezes deixa de fora funções que são realizadas por instituições como esta que visitámos”, disse. Frisou ainda que como todos os portugueses pagam impostos elevados, é dever do Estado apoiar as instituições de solidariedade social e que “não as trate como se lhes fizesse um favor em apoiá-las”. “O Estado tem a obrigação, com os nossos impostos, de apoiar todas as instituições que revelem mérito e que têm um serviço humanizado e próximo das necessidades das pessoas, que muitas vezes o Estado não tem”, sublinhou. Sobre o Orçamento do Estado, Passos Coelho confessou já estar cansado de conversar sobre o assunto, tal como todo o país. “Só há uma pessoa em Portugal que sabe se vai haver ou não Orçamento do Estado, que é o primeiro ministro. Portanto, está tudo do lado do Governo”, frisou. O líder do PSD relembrou que o seu partido deixou atempadamente as condições exigidas para a viabilização do Orçamento do Estado. “Não esperamos que sejam os portugueses a pagar mais impostos para resolver o problema do défice, mas que seja o Estado a dizer como é que se pode gastar menos e melhor. Essa é a função do Governo”, concluiu.

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