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"Duelo" pelo título mundial de surf passa por Peniche ou Cascais
O "duelo" pelo título de campeão mundial de surf de 2013, entre o australiano Mick Fanning e o norte-americano Kelly Slater, vai prosseguir em Peniche ou Cascais, entre 09 e 20 de outubro, no Rip Curl Pro by Moche.
"Duelo" pelo título mundial de surf passa por Peniche ou Cascais

Autor: Redação AO/LUSA

Depois de se ter estreado a vencer em França, na sexta-feira, Mick Fanning, campeão do Mundo em 2007 e 2009, consolidou a liderança do "ranking" do circuito mundial, com 51.900 pontos, mais 6.000 do que o lendário Slater, 11 vezes vencedor do cetro máximo da modalidade, e com larga vantagem sobre o sul-africano Jordy Smith e os compatriotas Taj Burrow ou Joel Parkinson, que ainda têm hipóteses matemáticas de chegar ao título.

Apesar da proximidade, Fanning é o único que tem a possibilidade de se sagrar campeão do Mundo em Portugal, necessitando para isso que se verifique uma das três conjugações: vence o campeonato e Slater não chega às meias-finais; chega à final e Slater não chega à quinta ronda nem Smith vence a prova; perde nas meias-finais, Slater não chega à quinta ronda e o vencedor não é nem Smith, nem Burrow, nem Parkinson.

Fanning, de 32 anos, tem pautado o ano pela regularidade - o seu pior resultado foi um nono lugar em Trestles - e, apesar de só ter vencido à oitava etapa, chega a Portugal com vantagem perante o "quarentão" Slater, que celebrou triunfos em Gold Coast e nas ilhas Fiji, mas em dois campeonatos não foi além da terceira ronda.

Peniche, palco de vitórias do australiano em 2009 e do norte-americano no ano seguinte, não tem sido muito favorável aos agora principais candidatos à sucessão do detentor do título, Joel Parkinson, uma vez que Fanning desde que venceu não foi além da terceira (2010 e 2011) e quinta rondas (2012) e Slater, depois da eliminação na repescagem na estreia, perdeu uma final (2011) e foi eliminado na terceira ronda (2012).

O circuito de 2013 tem sido pródigo em vencedores diversificados e Slater foi o único a "bisar", num historial que conta com o brasileiro Adriano de Souza [Bells Beach], o sul-africano Jordy Smith [Rio de Janeiro] e os australianos Parkinson [Bali], Adrian Buchan [Polinésia Francesa] e Taj Burrow [Trestles].

Daí que, atrás de Fanning e Slater surjam oito surfistas separados por cerca de 10.000 pontos, ou seja, tanto quanto vale um triunfo numa etapa. São os casos de Smith (39.700), Burrow (39.400), Parkinson (38.950], que ainda aspiram a chegar ao título final, mas também Julian Wilson (34.050), que defende a vitória conquistada em Peniche em 2012, Michel Bourez (30.500), Josh Kerr (30.100), Souza (29.200) e Kai Otton (29.100).

Ilustradoras desta dispersão foram as meias-finais do recente Quiksilver Pro France, nas quais, além dos "crónicos" Fanning e Parkinson, estiveram os brasileiros Gabriel Medina, finalista em Peniche no ano passado, e Filipe Toledo, que eliminou Slater da competição.

Afastado do topo do "ranking" e também da competição, devido a uma lesão no ligamento do joelho esquerdo, tem estado o primeiro e único português a disputar o circuito, Tiago Pires, cujo regresso poderá ocorrer na prova lusa.

"Saca" apenas disputou as duas etapas australianas, contabilizando uns modestos 2.250 pontos, graças ao 25.º lugar no Quiksilver Pro Gold Coast e ao 13.º posto no Rip Curl Pro Bells Beach, que o deixam no 35.º lugar da hierarquia, apenas à frente do australiano Owen Wright, que também só esteve na Austrália, e do brasileiro Heitor Alves, que competiu somente nas Fiji.

Caso as ondas portuguesas não sejam suficientemente esclarecedoras na "luta" pelo cetro de campeão do Mundo, as havaianas de Banzai Pipeline serão certamente, uma vez que vai ser, como tradicionalmente acontece, o palco da derradeira etapa, o Billabong Pipe Masters, entre 08 e 20 de dezembro.

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