Açoriano Oriental
Dezenas de municípios já disponíveis para receber refugiados
Dezenas de municípios portugueses manifestaram já vontade de receberem refugiados, maioritariamente originários da Síria, em coordenação com entidades locais e nacionais, como o Conselho Português para os Refugiados (CPR) ou a Cruz Vermelha.

Autor: Lusa

Muitos dos municípios que se dispuseram a receber refugiados estão já a desenvolver iniciativas nesse sentido, como é o caso de Lisboa, que ainda não sabe quantos migrantes irá acolher, tendo, no entanto, a Câmara Municipal anunciado a criação de um fundo de dois milhões de euros para “dar resposta a necessidades básicas".

Na capital, o trabalho de acolhimento dos refugiados será feito em articulação com instituições como a Santa Casa da Misericórdia, o CPR e a Cruz Vermelha.

A Câmara de Sintra, por seu turno, está a preparar um plano de acolhimento e integração, com uma dotação financeira de cerca de 500 mil euros, para apoiar cidadãos que o país venha a receber.

A autarquia deverá, ainda este mês, receber duas famílias, uma oriunda da Eritreia e a outra do Sudão, ambas acolhidas provisoriamente num campo de refugiados no Egito.

No município de Penela, distrito de Coimbra, está tudo preparado para a receção de quatro famílias, com um total de 20 pessoas.

Já a Câmara de Matosinhos anunciou estar à procura de um edifício para poder acolher um centro de refugiados com 50 camas no concelho e a Câmara de Guimarães mostrou disponibilidade para "acompanhar" e "apoiar financeiramente" o acolhimento de migrantes, em coordenação com outras entidades.

Também manifestaram disponibilidade para acolher algumas famílias os municípios de Paredes e Penafiel (ambos no distrito do Porto), Mondim de Basto (Vila Real), de Fafe e Barcelos (Braga) e Aljustrel (Beja).

Caldas da Rainha (Leiria) aprovou uma proposta para receber dez famílias de refugiados no concelho, enquanto Vila de Rei e Oleiros, no distrito de Castelo Branco, anunciaram estarem disponíveis para acolher três e seis famílias, respetivamente.

Segundo o CPR, também se disponibilizaram os municípios de Oliveira do Hospital (Coimbra), Batalha (Leiria), Loures (Lisboa), Santa Maria da Feira (Aveiro) e Olhão (Faro).

Os nove municípios (Vinhais, Bragança, Macedo de Cavaleiros, Mirandela, Vimioso, Vila Flor, Alfândega da Fé, Mogadouro e Miranda do Douro) da Comunidade Intermunicipal (CIM) Terras de Trás-os-Montes pretendem acolher refugiados de forma planeada com as instituições governamentais e humanitárias que estão a tratar do processo em Portugal.

Também o presidente da CIM do Alto Alentejo (CIMAA), Armando Varela, afirmou que a “generalidade” dos 15 municípios do distrito de Portalegre está disponível para receber exilados.

A Câmara de Santarém comunicou ao CPR disponibilidade para acolher três famílias e grande parte dos municípios daquele distrito do Ribatejo, contactados pela agência Lusa, revelaram disponibilidade para receber refugiados, mas disseram que aguardam por uma melhor definição do programa de acolhimento por parte do Governo português.

Ourém, por exemplo, anunciou estar disponível para acolher refugiados, “mas de forma organizada e estruturada”.

Já os 15 municípios que integram a CIM das Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) aprovaram, por unanimidade, um plano intermunicipal de ação para receber refugiados.

A CIMBSE é constituída por 12 municípios do distrito da Guarda (Almeida, Celorico da Beira, Figueira de Castelo Rodrigo, Fornos de Algodres, Guarda, Gouveia, Manteigas, Mêda, Pinhel, Seia, Sabugal e Trancoso) e por três municípios do distrito de Castelo Branco (Belmonte, Covilhã e Fundão).

O Centro Distrital de Segurança Social de Castelo Branco comunicou, entretanto, que foi contactado formalmente pelas Câmaras de Castelo Branco, Penamacor e Vila Velha de Ródão para informações sobre como receber famílias sírias.

Por seu lado, o Governo da Madeira manifestou a disponibilidade para acolher refugiados e migrantes na região autónoma, de forma "articulada e organizada" e em conjunto com as autoridades nacionais.

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