Açoriano Oriental
Decisão britânica reforça Açores como destino seguro

O delegado nos Açores da Associação de Hotelaria de Portugal considerou que a decisão britânica de excluir a quarentena a quem viaja para os Açores, reforça que o arquipélago é um “destino seguro” quanto à covid-19.

Decisão britânica reforça Açores como destino seguro

Autor: Lusa/AO online

“É uma decisão bastante positiva, que vem reforçar que os Açores são uma região com segurança, são um destino seguro para viajar”, disse Fernando Neves à agência Lusa.

O Governo britânico retirou Portugal da lista de países seguros, com exceção das regiões da Madeira e Açores, e a partir de sábado obriga a cumprir uma quarentena de duas semanas ao chegar ao Reino Unido, foi hoje anunciado.

O delegado da associação hoteleira nos Açores realçou que o mercado inglês tem “alguma relevância” no fluxo turístico da região.

“O mercado inglês é importante, embora nós não sejamos os principais beneficiários da medida comparando com a Madeira, mas sempre é um mercado com alguma relevância”, assinalou.

Fernando Neves afirmou que a decisão britânica é “positiva” porque é também “uma forma de promover os Açores como destino” turístico.

“Os ingleses têm sido bastante rigorosos na seleção dos países e regiões e o facto de incluir os Açores, e também a Madeira, é também benéfico na divulgação e no reconhecimento dos Açores como uma zona segura”, afirmou.

Em 2019 visitaram os Açores cerca de 33 mil turistas oriundos do Reino Unido, que mantém três voos semanais para os Açores, dois para São Miguel e um para a Terceira.

O ministro dos Transportes britânico, Grant Shapps, deu o exemplo das regiões autónomas portuguesas para referir que o Governo Britânico tem agora a “capacidade de avaliar ilhas separadas” dos países.

“Através de informação aperfeiçoada, agora temos a capacidade de avaliar ilhas separadas dos seus países continentais. Se chegar a Inglaterra vindo dos Açores ou Madeira, não precisará de se isolar por 14 dias”, escreveu Shapps, na rede social Twitter.

Portugal só foi incluído na lista dos países com “corredores de viagem” com o Reino Unido há três semanas, a 20 de agosto. Porém, o aumento contínuo do número de casos de infeção em Portugal terá pesado na decisão, que era esperada na semana passada, quando ultrapassou o nível de 20 casos por 100 mil habitantes.

Portugal contabilizou hoje 585 novos casos de infeção relacionados com a pandemia de covid-19 e na véspera tinha registado 646, mais do dobro das registadas na terça-feira.

O índice de transmissibilidade efetivo (Rt) encontra-se atualmente nos 1,12, um valor considerado de risco.

A situação epidemiológica de covid-19 em Portugal agravou-se desde meados de agosto, de acordo com um estudo da Direção-Geral da Saúde (DGS) e Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), tendo sido registadas 3.909 novas infeções entre 17 e 30 de agosto.

Até ao momento, foram detetados na região 249 casos de infeção pelo novo coronavírus SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19, verificando-se atualmente 42 casos positivos ativos: 34 na ilha de São Miguel, seis na ilha Terceira, um na ilha do Pico e um na ilha Graciosa.

Desde o início do surto morreram 16 pessoas na região, todas em São Miguel.


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