Autor: Lusa/AO Online
“Creio que a data de 30 de janeiro [de 2022] conseguiu, de forma inteligente e assertiva, ser esta quadratura do círculo: por um lado, respeitar o interesse nacional da urgência de estabilidade governativa para um novo ciclo e, por outro, o tempo necessário para adequação do respeito de equidade de oportunidades para as forças políticas”, afirmou José Manuel Bolieiro, referindo-se ao dia de realização de eleições legislativas nacionais, na sequência da dissolução da Assembleia da República após o chumbo do Orçamento do Estado.
O presidente do Governo Regional (de coligação PSD/CDS-PP/PPM), que falava aos jornalistas na sede da presidência em Ponta Delgada, revelou que, enquanto conselheiro de Estado, deu “parecer favorável à dissolução da Assembleia da República, devolvendo a palavra e a decisão ao povo”, perante um “impasse de gravidade intransponível”.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, anunciou na quinta-feira a dissolução do parlamento, na sequência do chumbo do Orçamento para 2022, e a realização de eleições legislativas antecipadas a 30 de janeiro.
Hoje, Bolieiro observou que, “sob o ponto vista estratégico, o ideal é a estabilidade dos mandatos e o cumprimento de mandatos de quatro anos por parte dos órgãos políticos”.
“Mas, perante o impasse, de gravidade intransponível, era a adequada solução a dissolução da Assembleia da República”, observou, referindo-se ao chumbo do Orçamento do Estado para 2022 apresentado pelo executivo socialista.
Para o social-democrata, a decisão do chefe de Estado foi “não só a esperada, como também a mais adequada”.
Quanto à data escolhida, o chefe de governo açoriano considerou conseguir um balanço entre a “defesa do interesse nacional” e a “adequação do prazo por exigência do interesse democrático”, para “dar oportunidade às forças políticas de terem igualdade de oportunidades”.
Bolieiro falava aos jornalistas após ter recebido, em audiência, dirigentes da FNAJ - Federação Nacional das Associações Juvenis.
“Foi um gosto conhecer e reconhecer a atitude dos dirigentes da FNAJ em entender o país inteiro, com a sua presença física também nos Açores e respeitando esta ideia de autonomia política e democrática que o país vive”, observou.
“Isto é um bom sinal – de que há uma boa compreensão quanto à integralidade nacional”, frisou.
Para Bolieiro, é importante “reconhecer que os jovens são essenciais nas políticas públicas de uma governação que procura o sucesso”.
“O futuro constrói-se no presente. Não se pode dispensar os jovens de uma cidadania ativa”, disse.