Autor: Paulo Faustino
Qual a sua opinião sobre o estado da comunicação social no país e, em especial, nos Açores?
Talvez
seja melhor referir logo à partida que no plano internacional a
tendência foi para o recuo de todos os media noticiosos, com exceção da
rádio nos Estados Unidos. São estudos dos anos de 2017 e de 2018. Alguns
dos melhores jornais do mundo resistem e equilibram-se entre o papel e o
online (casos do New York Times, do Guardian ou do Le Monde). Portugal
não escapa à euforia das redes sociais onde o jornalismo é uma parte
menor dos conteúdos. A circulação total (impressa e digital) do Correio
da Manhã é de 80 mil exemplares. A do Jornal de Notícias ronda os 40
mil. O Público confina-se a 30 mil, e o Diário de Notícias, como é
sabido, já só possui uma edição semanal em papel. Este panorama dispensa
qualificações. Anote-se que a principal publicação online, o
Observador, rejeita o conceito de pluralismo de opinião, por ser essa a
vontade dos seus patrões. Não me peça para comentar este cenário.