Autor: Lusa/AO Online
“Como antigo membro do Parlamento Europeu e antigo membro do Comité das Regiões, tenho defendido que a União Europeia é mais forte se agirmos de forma coesa, se reafirmarmos as vantagens da governação a vários níveis, sem que nenhuma região seja esquecida, sem que nenhum cidadão seja deixado para trás. As regiões ultraperiféricas têm uma importância estratégica para a União […] e nós temos a responsabilidade de apoiar o seu desenvolvimento”, disse António Costa.
Discursando na abertura da reunião da Conferência dos Presidentes das Regiões Ultraperiféricas, na cidade francesa de Estrasburgo, António Costa garantiu: “Será também o meu papel, enquanto presidente do Conselho Europeu, assegurar que as nove regiões ultraperiféricas sejam plenamente reconhecidas na nossa política de coesão, na nossa bússola da competitividade, nas nossas soluções financeiras e no nosso desenvolvimento sustentável”.
Dirigindo-se - pela primeira vez no seu mandato à frente da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE – à conferência do Parlamento Europeu, o antigo primeiro-ministro português vincou que a União deve manter “uma visão estratégica estável baseada na coesão territorial e nas economias integradas para benefício de todos os cidadãos, de todas as regiões”.
“O que distingue a União Europeia é a convergência entre os valores democráticos, a confiança entre os Estados-membros, o modelo de bem-estar e uma vontade colectiva de prosperidade, sem exclusões, mas com uma integração total, com todas as regiões a bordo, por mais distantes que estejam, porque, nestes tempos perturbadores e imprevisíveis, a unidade é o que nos torna mais fortes, é o que nos torna poderosos”, adiantou.
A UE conta com nove regiões ultraperiférica – partes do território mais distantes do resto da Europa e que enfrentam mais desafios geográficos e económicos –, sendo elas as duas regiões autónomas portuguesas (Açores e Madeira), uma comunidade autónoma espanhola (Ilhas Canárias), os cinco departamentos ultramarinos franceses (Martinica, Maiote, Guadalupe, Guiana Francesa e Reunião) e uma coletividade ultramarina francesa (São Martinho).