Autor: Lusa/AO Online
Em declarações aos jornalistas, após uma reunião com o presidente do Governo dos Açores, na sede da Presidência em Ponta Delgada, o líder do CESA evocou a “situação difícil e atípica” resultante da “pandemia, da guerra, das tensões inflacionistas e do aumento das taxas de juro”.
“[Era] absolutamente importante para os Açores e para o futuro dos Açores que esse Plano tivesse alguma orientação no sentido de apoio aos setores produtivos, de forma a que a nossa região tenha uma economia mais sustentável”, declarou.
Gualter Furtado alertou para a importância de a economia açoriana “libertar mais receitas” e “pagar mais impostos” para a região deixar de estar “continuamente de mão estendida”.
“É inconcebível, por exemplo, que continuemos a ter um modelo de funcionamento em que o IRC [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Coletivas] tenha um peso de 20% no contexto dos impostos diretos”, alertou.
O economista pediu uma “estratégia de médio prazo” para “fomentar” o setor produtivo da região e apelou a um aproveitamento “máximo” dos fundos europeus.
“É importante, neste contexto, aproveitarmos ao máximo cada cêntimo dos fundos comunitários do Plano de Recuperação e Resiliência. Que aproveitemos todas as possibilidades que nos são dadas para reforço dos capitais próprios das empresas”, salientou.
O CESA foi uma das instituições ouvidas pelo presidente do Governo dos Açores no âmbito da elaboração da anteproposta de Plano e Orçamento da região para 2023.
O Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) depende do apoio dos partidos que integram o executivo e daqueles com quem tem acordos de incidência parlamentar (IL, Chega e deputado independente) para ter maioria absoluta na Assembleia Legislativa Regional.