Açoriano Oriental
Conselho de Arbitragem condena violência

O Conselho de Arbitragem (CD) da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) condenou a violência sobre os árbitros ocorrida em vários jogos no último fim de semana e pede uma “punição exemplar”.

Conselho de Arbitragem condena violência

Autor: Lusa/AO Online

“Os recintos desportivos devem ser locais seguros, onde todos devem poder exercer livremente a sua atividade. O que se passou deve envergonhar todos os agentes desportivos e merece punição exemplar por parte das entidades responsáveis. Situações como estas não devem repetir-se”, pode ler-se no comunicado emitido pelo CD no sítio oficial da FPF.

Dos sete casos de agressões a árbitros registados no último fim de semana no país, um deles aconteceu em São Miguel, no Campo de Jogos do Bom Jesus, em Rabo de Peixe, no final de um jogo da Taça Pauleta, no escalão de Sub-13.

O mesmo organismo reitera que “está solidário com todas as equipas de arbitragem que foram vítimas de violência nos últimos dias, bem como com todas as que, em outros momentos, sofreram agressões”.

Entretanto, a Associação Portuguesa de Árbitros de Futebol (APAF) revelou que irá reunir para analisar medidas a tomar para combater os sucessivos episódios de agressões aos ‘juízes’ em jogos de futebol, sete no último fim de semana.

“Iremos reunir com os núcleos de árbitros, alguns árbitros e seus representantes e iremos analisar o que fazer. E vamos enviar as queixas para o Ministério Público e exigir, no âmbito desportivo e jurídico, que os agressores sejam punidos”, garantiu o presidente da APAF, Luciano Gonçalves.

Em declarações à Lusa, o dirigente comentava os sete incidentes reportados no fim de semana em desafios de futebol de escalões inferiores e camadas jovens, admitindo que encontrar uma resposta resolutiva não é tarefa fácil.

“Não temos nenhuma solução que nos garante que estas situações não aconteçam. Tivemos agressões em partidas com e sem policiamento, em jogos de miúdos de 14 anos e de seniores... Uma tipologia variada. Não é algo que possamos dizer que se optarmos por ‘esta situação’ isso vai acabar, termos a garantia de que vai terminar. Não temos”, explicou.

Luciano Gonçalves lembrou que já existe uma legislação punitiva, que até prevê a “detenção dos agressores”, contudo lamenta o facto da mesma não ser “aplicada, cumprida”.

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