Autor: Lusa/AO Online
Em declarações à Agência Lusa, o líder do Partido Popular Monárquico, Paulo Estêvão, defendeu a reedição da Aliança Democrática de centro-direita como resposta à instabilidade política do país e criticou “dramatização” das negociações do Orçamento do Estado entre PS e PSD.
“Na atual conjuntura é essencial criar uma alternativa ao PS. Neste momento, a conjuntura politica é favorável ao surgimento de uma aliança centro direita com PSD, CDS-PP e PPM”, disse Paulo Estêvão à agência Lusa.
Segundo o responsável do PPM, neste congresso, que vai decorrer em Lisboa até domingo, vão ser ainda debatidos temas como o Orçamento do Estado para 2011, que o partido - caso estivesse representado no Parlamento - votaria favoravelmente “se fossem introduzidas algumas alterações em relação à diminuição da carga fiscal”.
Paulo Estêvão criticou “a dramatização” em torno das negociações do Orçamento do Estado entre os dois maiores partidos nacionais, considerando que “esta questão acabou por criar uma grande turbulência nos mercados internacionais e também acaba por criar uma grande incerteza” junto da população portuguesa.
“É irresponsável ter-se prolongado este tipo de negociações e de incerteza sobre o quadro orçamental. O PSD não deveria ter jogado este jogo e deveria ter definido as suas posições. A situação ficava clarificada e o Partido Socialista ficava a falar sozinho”, adiantou.
Em cima da mesa vão estar as propostas do partido para a redução de despesa e aumento da receita, nas quais o PPM propõe a aposta no aumento da “estrutura produtiva do país”, com o ressurgimento do setor agrícola e da economia do mar, e propõe ainda o corte de despesas com “o Estado”.
Paulo Estevão assumiu no início de abril a presidência do PPM, na sequência da demissão de Nuno da Câmara Pereira, tendo sido confirmado por 77 por cento dos votos numa reunião do Conselho Nacional.
Paulo Estêvão, 42 anos, casado e com dois filhos, é natural de Serpa, no Alentejo, sendo licenciado em História pela Universidade de Évora.