Açoriano Oriental
Covid-19
Coesão social é o grande desafio da UE para a recuperação

O presidente do Governo dos Açores considerou, na reunião da Mesa do Comité das Regiões, que "a coesão social" é o grande desafio da União Europeia para a recuperação no pós covid-19.

Coesão social é o grande desafio da UE para a recuperação

Autor: Lusa/AO Online

Vasco Cordeiro participou, por videoconferência, na reunião da Mesa do Comité das Regiões, na qual participaram também representantes permanentes da Alemanha, de Portugal e da Eslovénia junto da União Europeia, que compõem o 'trio' de Estados-Membros que vão presidir, nos próximos 18 meses, ao Conselho Europeu, segundo nota divulgada pelo Governo açoriano.

Citado na mesma nota, o chefe do executivo regional, que é também primeiro vice-presidente do Comité das Regiões, disse que este 'trio' de Estados Membros assumirá estas funções numa "altura crucial para o projeto europeu" para um acordo sobre o próximo orçamento comunitário e também providenciar respostas céleres para a recuperação económica da Europa.

“Um orçamento que corresponda às nossas ambições e necessidades diárias e que seja descentralizado” para responder aos desafios que enfrentam os Estados-Membros e as Regiões, através de uma Política de Coesão renovada e promotora da coesão territorial, social e económica, sublinhou Vasco Cordeiro, considerando que a proposta apresentada pela Comissão representa “um bom passo na direção certa”.

Segundo o executivo açoriano, no encontro, "os três representantes apresentaram o programa da Presidência do Conselho para o período entre 01 de julho de 2020 e 31 de dezembro de 2021, considerado decisivo para as pretensões das regiões, tendo em conta as decisões que serão tomadas sobre o próximo período de programação financeira para 2021-2027 e o futuro das Políticas de Coesão e Agrícola Comum".

Citado numa nota divulgada pelo executivo regional, o presidente do Governo açoriano sublinhou também a necessidade de a União Europeia ter em conta "a dimensão social da recuperação", face aos desafios colocados pela pandemia da covid-19, defendendo que as regiões devem ter um papel político a desempenhar na Conferência sobre o Futuro da Europa, uma iniciativa lançada pela Comissão Europeia, lê-se na mesma nota.

Vasco Cordeiro foi eleito, em fevereiro, primeiro vice-presidente do Comité das Regiões, organismo que conta com mais de 350 representantes de regiões e cidades de todos os Estados Membros da União Europeia.

A Presidência do Conselho é exercida em regime rotativo pelos Estados-Membros da UE por períodos de seis meses.

Os Estados-Membros que exercem a Presidência trabalham em estreita cooperação em grupos de três, chamados 'trios', um sistema instituído pelo Tratado de Lisboa em 2009.

O 'trio' fixa "os objetivos a longo prazo e prepara uma agenda comum que estabelece os temas e as principais questões que o Conselho irá tratar ao longo de um período de 18 meses", explica ainda a nota do Governo dos Açores, lembrando que, "com base nesse programa, cada um dos três países prepara o seu próprio programa semestral mais detalhado".

A reunião de hoje da Mesa do Comité das Regiões decorreu na véspera da sessão plenária do Comité das Regiões, que conta com mais de 350 representantes de regiões e cidades de todos os Estados Membros da União Europeia e que decorrerá, por videoconferência, nos próximos três dias, devido à situação de pandemia na Europa.

A sessão plenária do Comité das Regiões, uma reunião onde estão agendados vários debates sobre a recuperação económica e social na União Europeia, na sequência da pandemia da covid-19, contará com a presença de vários comissários europeus.

Esta sessão plenária prevê ainda a discussão e adoção de pareceres sobre a revisão do Quadro Financeiro Plurianual e do Plano de Investimento para uma Europa Sustentável, bem como sobre as Prioridades do Comité das Regiões Europeu para 2020-2025, entre outros pontos.


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