Açoriano Oriental
Cinema português em foco na Galeria Nacional dos Estados Unidos da América

A Galeria Nacional de Arte dos Estados Unidos da América deu início a uma série de exibições de seis filmes portugueses datados de 1937 até 2012, num trabalho de colaboração com a Cinemateca Portuguesa.

Cinema português em foco na Galeria Nacional dos Estados Unidos da América

Autor: Lusa/Ao online

Com seis exibições até 09 de março, os filmes portugueses inserem-se na série “From Vault to Screen”, em Washington, e demonstram vários períodos da cinematografia portuguesa, pretendendo ser, segundo a Galeria Nacional de Arte, “uma cativante variedade de estilos cinematográficos e eras, em novas recriações e em impressões originais”.

As primeiras películas, hoje exibidas, foram os primeiros trabalhos do cineasta Manoel de Oliveira.

“Douro, Faina Fluvial”, de 1931, é descrito pela Galeria Nacional de Arte como um “tesouro nacional”, sendo o primeiro filme de Manoel de Oliveira. Seguiu-se “Aniki Bóbó”, primeiro longa-metragem de Oliveira, de 1942, conhecido como “um marco do cinema mundial”.

Ambos os filmes tiveram a cidade do Porto como palco principal.

“Os Verdes Anos”, de Paulo Rocha e datado de 1963, foi outro filme hoje exibido, com a história de um jovem de província que se mudou para Lisboa.

“Um sensitivo drama de nova onda [Cinema Novo] e uma poética sinfonia da cidade”, descreve a exposição.

Domingo segue com a exibição de “A Revolução de Maio”, de 1937, de António Lopes Ribeiro, um dos mais importantes filmes de propaganda produzidos durante o Estado Novo de Salazar.

“A Revolução de Maio” permanece “o único filme de ficção português que mergulha abertamente em propaganda política”, segundo a galeria norte-americana.

Sábado, 02 de março, é apresentado “Belarmino”, de Fernando Lopes, 1964, visto pela organização como um dos grandes marcos do Cinema Novo Português, que contou com boa aceitação por parte da imprensa europeia e ganhou o Prémio da Casa da Imprensa em Portugal.

No mesmo dia pode assistir-se a “Ossos”, de 1997, de Pedro Costa, que retrata vidas num bairro de Lisboa dominado pelos retornados das antigas colónias portuguesas.

O último filme é “Tabu”, de 2012, por Miguel Gomes, que é exibido a 09 de março. Este filme é uma prova de como “Gomes mistura elementos novos com forma tradicional, criando uma estrutura que é parte mito, parte melodrama e parte ensaio poético”, descreve a Galeria Nacional.

A Galeria Nacional de Arte estende, na página de internet, agradecimentos especiais a Linda Lilienfeld, Sara Moreira, Teresa Borges, Tiago Baptista e ‘staff’ da Cinemateca Portuguesa.

A série de exposições “From Vault to Screen” procura dar a conhecer filmes de arquivo de todo o mundo e está focada, de 23 de fevereiro até 09 de março, em filmes portugueses.


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