Autor: Lusa/AO
A 20ª Cimeira entre a União Europeia e a potência vizinha Rússia deverá confirmar as várias divergências entre os dois blocos, mas poderá marcar o início do desanuviamento do diálogo, admitindo-se que termine com uma declaração de "vontade política" de prosseguir a aproximação estratégica entre europeus e russos.
O Palácio-Convento de Mafra, onde decorre a Cimeira, vai acolher uma centena de membros das duas delegações, um terço dos quais integrados na comitiva russa, que é liderada pelo presidente Putin e inclui, entre outros, Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Iastrmjembski, assessor do Kremlin para as relações com a União Europeia, Victor Jristenko, ministro da Indústria e Energia, e Andrei Fursenko, ministro da Educação e da Ciência da Rússia.
A delegação da UE é liderada pelo primeiro-ministro português e actual presidente do Conselho Europeu, José Sócrates, e integra o líder da Comissão Europeia, Durão Barroso, o Alto Representante para a Política Externa, Javier Solana, o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado (presidente em exercício do Conselho de Ministros da UE), a comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, e o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson.
Apesar do tradicional aparato da delegação russa e do peso político da delegação da UE, a Cimeira de Mafra ocorre num momento que é ainda pouco favorável à resolução das principais divergências entre os dois blocos, esperando-se apenas a assinatura de dois acordos específicos nas áreas do combate ao tráfico de droga e das importações de produtos em aço.
A presidência portuguesa da UE espera que a 20ª Cimeira euro-russa se realize num clima de "tranquilidade e normalidade", sem a crispação das últimas reuniões entre as duas partes.
Em relação aos diferendos ainda em aberto entre UE e Moscovo, a presidência portuguesa diz que ainda se aguarda por um consenso entre os 27 Estados-membros para a concretização de uma nova parceria estratégica entre UE e Rússia, razão pela qual nada poderá avançar a curto prazo.
Por outro lado, no que respeita ao embargo russo às exportações de carne polaca, a presidência portuguesa da UE acredita que eventuais evoluções a este nível dependerão substancialmente da atitude que o futuro Governo de Varsóvia assumir em relação às autoridades do Kremlin.
A adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio (OMC), a cooperação no sector da energia, o futuro estatuto da província sérvia do Kosovo e a questão dos direitos humanos em algumas repúblicas russas serão alguns dos principais temas da Cimeira, disseram à Lusa fontes comunitárias.
Admite-se que a delegação de Moscovo suscite também uma discussão sobre o projecto norte-americano de instalação de um escudo antimísseis em países da UE.
As relações entre a UE e a Rússia têm "marcado passo" nos últimos anos, devido, nomeadamente, a um diferendo entre Moscovo e Varsóvia, que, entre outras coisas, tem impedido progressos nas negociações de um novo acordo estratégico e de parceria alargada entre europeus e russos, que é considerado vital por ambas as partes.
Para a maioria dos dirigentes políticos europeus, as relações UE/Rússia deverão, todavia, continuar tensas, pelo menos até à eleição presidencial de Março, altura em que será conhecido o sucessor de Vladimir Putin.
A Cimeira de Mafra coincide com o 10º aniversário da assinatura do primeiro Acordo de Cooperação Estratégica entre Moscovo e Bruxelas, ainda em vigor.
A Cimeira de Mafra implicou a organização de especiais medidas de segurança, estando destacados cerca de 1.300 elementos das forças policiais portuguesas para os dois dias de permanência em Portugal do presidente Putin, que é acompanhado ainda por 60 elementos da sua segurança pessoal.
Cerca de três centenas de jornalistas internacionais, 70 dos quais russos, são esperados para a cobertura da Cimeira, a terceira maior afluência de enviados dos media a reuniões realizadas até agora no país, no âmbito da actual presidência portuguesa da UE.
O Palácio-Convento de Mafra, onde decorre a Cimeira, vai acolher uma centena de membros das duas delegações, um terço dos quais integrados na comitiva russa, que é liderada pelo presidente Putin e inclui, entre outros, Serguei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Iastrmjembski, assessor do Kremlin para as relações com a União Europeia, Victor Jristenko, ministro da Indústria e Energia, e Andrei Fursenko, ministro da Educação e da Ciência da Rússia.
A delegação da UE é liderada pelo primeiro-ministro português e actual presidente do Conselho Europeu, José Sócrates, e integra o líder da Comissão Europeia, Durão Barroso, o Alto Representante para a Política Externa, Javier Solana, o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado (presidente em exercício do Conselho de Ministros da UE), a comissária europeia para as Relações Externas, Benita Ferrero-Waldner, e o comissário europeu para o Comércio, Peter Mandelson.
Apesar do tradicional aparato da delegação russa e do peso político da delegação da UE, a Cimeira de Mafra ocorre num momento que é ainda pouco favorável à resolução das principais divergências entre os dois blocos, esperando-se apenas a assinatura de dois acordos específicos nas áreas do combate ao tráfico de droga e das importações de produtos em aço.
A presidência portuguesa da UE espera que a 20ª Cimeira euro-russa se realize num clima de "tranquilidade e normalidade", sem a crispação das últimas reuniões entre as duas partes.
Em relação aos diferendos ainda em aberto entre UE e Moscovo, a presidência portuguesa diz que ainda se aguarda por um consenso entre os 27 Estados-membros para a concretização de uma nova parceria estratégica entre UE e Rússia, razão pela qual nada poderá avançar a curto prazo.
Por outro lado, no que respeita ao embargo russo às exportações de carne polaca, a presidência portuguesa da UE acredita que eventuais evoluções a este nível dependerão substancialmente da atitude que o futuro Governo de Varsóvia assumir em relação às autoridades do Kremlin.
A adesão da Rússia à Organização Mundial do Comércio (OMC), a cooperação no sector da energia, o futuro estatuto da província sérvia do Kosovo e a questão dos direitos humanos em algumas repúblicas russas serão alguns dos principais temas da Cimeira, disseram à Lusa fontes comunitárias.
Admite-se que a delegação de Moscovo suscite também uma discussão sobre o projecto norte-americano de instalação de um escudo antimísseis em países da UE.
As relações entre a UE e a Rússia têm "marcado passo" nos últimos anos, devido, nomeadamente, a um diferendo entre Moscovo e Varsóvia, que, entre outras coisas, tem impedido progressos nas negociações de um novo acordo estratégico e de parceria alargada entre europeus e russos, que é considerado vital por ambas as partes.
Para a maioria dos dirigentes políticos europeus, as relações UE/Rússia deverão, todavia, continuar tensas, pelo menos até à eleição presidencial de Março, altura em que será conhecido o sucessor de Vladimir Putin.
A Cimeira de Mafra coincide com o 10º aniversário da assinatura do primeiro Acordo de Cooperação Estratégica entre Moscovo e Bruxelas, ainda em vigor.
A Cimeira de Mafra implicou a organização de especiais medidas de segurança, estando destacados cerca de 1.300 elementos das forças policiais portuguesas para os dois dias de permanência em Portugal do presidente Putin, que é acompanhado ainda por 60 elementos da sua segurança pessoal.
Cerca de três centenas de jornalistas internacionais, 70 dos quais russos, são esperados para a cobertura da Cimeira, a terceira maior afluência de enviados dos media a reuniões realizadas até agora no país, no âmbito da actual presidência portuguesa da UE.