Açoriano Oriental
Greva
César acusa sindicatos de irresponsabilidade
O presidente do Governo açoriano assegurou ontem que os trabalhadores da SATA Air Açores têm garantidos os seus direitos e acusou os sindicatos de “irresponsabilidade” pela convocação da greve que se inicia segunda-feira.
César acusa sindicatos de irresponsabilidade

Autor: Lusa / AO Online
    “Os trabalhadores da SATA Air Açores têm a garantia do presidente do Governo Regional que, no processo de segmentação da empresa ou num eventual processo de privatização, não haverá nenhuma diferenciação, nem nenhuma perda de direitos”, afirmou Carlos César, aos jornalistas.

    Como forma de protesto contra a eventual segmentação do grupo, os trabalhadores de terra da companhia aérea açoriana iniciam segunda-feira uma nova greve parcial ao trabalho suplementar que se vai estender até dia 15.

    Convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA), este segundo protesto prevê, também, entre 02 a 07 do mesmo mês, a entrada duas horas mais tarde em cada turno e saída uma hora mais cedo.

    Para o SITAVA, a segmentação da SATA constituiria, caso se concretizasse, "a abertura descontrolada das respectivas áreas estratégicas ao capital privado".

    Segundo Carlos César, fazer uma greve, numa altura em que a “economia das transportadoras aéreas está tão frágil, é um acto de irresponsabilidade” dos sindicatos.

    “Esta greve pode pôr em causa o equilíbrio da empresa e a sua credibilidade perante os intervenientes e os seus clientes”, alertou Carlos César, que falava à margem da inauguração de uma obra da Câmara Municipal da Ribeira Grande, na Ilha de São Miguel.

    A paralisação parcial “não tinha razões para ser convocada”, alegou o chefe do executivo açoriano, para quem “não há nenhuma razão para os trabalhadores da SATA aderirem a uma greve que não tem razão de ser”.

    Para Carlos César, o Governo açoriano continuará a “apostar na SATA” para preparar o grupo para os desafios “muitos exigentes” do sector a nível mundial.

    “O que esses sindicalistas querem é política que não tem nada a ver com os direitos dos trabalhadores”, salientou Carlos César, ao alertar que se está perante uma “greve muito irresponsável”.

    O presidente do Governo Regional recordou, ainda, que o Parlamento açoriano aprovou, por unanimidade, há alguns anos, um decreto legislativo que define os termos da reestruturação e segmentação do grupo SATA.

    “Se e quando houver privatização no grupo SATA, essa privatização terá como referência o grupo em geral e não nenhuma das suas empresas em particular”, explicou.
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