Açoriano Oriental
Açores/Eleições
CDU quer apostar nas potencialidades das ilhas e na habitação para fixar população

A fixação de população é um dos maiores problemas em ilhas como São Jorge e a CDU quer resolver o problema valorizando “as potencialidades endógenas” de cada ilha e através da requalificação urbanística, criando condições de habitação.

CDU quer apostar nas potencialidades das ilhas e na habitação para fixar população

Autor: Lusa/AO Online

O coordenador regional do PCP nos Açores terminou em São Jorge, a visita às ilhas do ‘triângulo’ (Faial, Pico e São Jorge), tendo afirmado que a CDU (PCP/PEV) quer evidenciar “as potencialidades endógenas de cada ilha, nomeadamente, em termos ambientais, de biodiversidade, paisagística, agrícola, de atividades do mar, do turismo e da cultura, com a finalidade de valorizar esse potencial”.

A ideia, explicou Marco Varela, em declarações por telefone à Lusa, é “investir na especialização, sem descurar a necessidade da diversidade das atividades económicas em cada uma das ilhas”.

Num dia em que contactou com a população dos dois concelhos da ilha, Velas e Calheta, o problema da desertificação de São Jorge foi um tema recorrente.

O candidato pelos círculos do Corvo e de compensação considera que, em conjunto com as autarquias, se devem “elaborar planos específicos a cada uma das situações reais, com o objetivo de fixar e atrair população, designadamente população jovem”.

Nesse sentido, a coligação entre o PCP e Os Verdes sugere, também, a criação de “planos de reestruturação e requalificação urbana para salvaguarda do património edificado”, permitindo o “uso para habitação, com o intuito de fixar população nos centros das vilas”.

Marco Varela voltou a insistir na criação de “uma rede integrada de transportes terrestres, marítimos e aéreos” para as ilhas do ‘triângulo’ e vincou “a importância da fábrica Santa Catarina e o papel que tem em termos de empregabilidade na Calheta”, reiterando que a empresa deve “manter-se na esfera pública”.

A campanha eleitoral nos Açores decorre entre 11 e 23 de outubro, estando o sufrágio marcado para o dia 25.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

A CDU concorre a todos os círculos eleitorais.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.

Vasco Cordeiro, líder do PS/Açores e presidente do Governo Regional desde as legislativas regionais de 2012, após a saída de Carlos César, que esteve 16 anos no poder, apresenta-se de novo a votos para tentar um terceiro e último mandato como chefe do executivo.


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