Açoriano Oriental
Campanha Eleitoral
Candidato do PURP nos Açores quer tarifário aéreo idêntico para as regiões autónomas
O cabeça de lista do PURP pelo círculo eleitoral dos Açores defendeu hoje a uniformização do tarifário aéreo entre o continente e ambas as regiões autónomas, à semelhança do que acontece com o diferencial fiscal.

Autor: Lusa/AO Online

Mário Couto, que falava aos jornalistas na sequência de uma ação de campanha junto de idosos do Centro de Convívio do Centro de Cívico e Cultural de Santa Clara, em Ponta Delgada, considera que não faz sentido que na Madeira se pague 88 euros pela tarifa aérea com o continente e nos Açores 134 euros.

“Não faz sentido que, se no diferencial dos impostos (de 30% em relação ao continente devido aos custos de insularidade) estejamos em pé de igualdade com os madeirenses e tenhamos transportes mais caros”, declarou o candidato pelos Açores do Partido Unido dos Reformados e Pensionistas (PURP).

Na leitura do professor reformado, se todos são insulares e portugueses, está-se perante a “violação de igualdade e da solidariedade”, dois princípios constitucionais.

O candidato às eleições legislativas de 04 de outubro defende como linhas mestras a necessidade de cortar nas despesas públicas, apontando que isso significaria uma poupança de dois mil milhões, exemplificando com as parcerias público-privadas, custos da Assembleia da República e do Governo.

Mário Couto preconiza o combate à evasão fiscal através do aumento do número de fiscais e não pela via da oferta de automóveis, bem como à economia paralela, referindo que existem 23 milhões de euros de IVA que não entram nos cofres do Estado.

De acordo com o cabeça de lista do PURP, pretende-se “dar dignidade” aos reformados e pensionistas, que afirmou terem passado por “grandes dificuldades” nos últimos anos.

“Há portugueses em Portugal que se suicidaram por falta de condições financeiras, porque as suas pensões foram cortadas e não podiam pagar as rendas de casa. Nós sabemos que eles existiram, só que não foram divulgados porque as famílias não quiseram divulgar as razões”, declarou o candidato.

O professor aposentado considera que a descredibilização da política tem contribuído para o aumento dos níveis de abstenção, exemplificando com o valor de 60 por cento registado nos Açores em 2011.

“As atitudes que os políticos têm tomado nos últimos anos em Portugal leva a que as pessoas não acreditem na política e não votem. Em 2011, apenas quatro em cada dez açorianos foram votar”, referiu Mário Couto.

No âmbito da campanha do PURP nos Açores, o candidato considera que tem sido alvo da melhor receção, porque quase todos os reformados foram alvo de cortes nas suas pensões, para além da penalização imposta com os novos impostos.

Tal como aconteceu aquando do surgimento do PRD, Mário Couto considera que os portugueses querem um partido como o PURP, considerando que reformados representam, a nível nacional, três milhões da Segurança Social e 600 mil da Caixa Geral de Aposentações, o que representa um terço da população em Portugal.

O cabeça de lista do PURP referiu, em segundo plano, que o partido foi formado por homens e mulheres que, nos últimos quatro anos, “sofreram na pele a austeridade, os cortes e os aumentos dos impostos”.

 

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