O PCP anunciou a 24 de agosto a candidatura de Francisco Lopes, deputado eleito pelo círculo de Setúbal e membro da comissão política do PCP, aprovada em reunião do Comité Central por “unanimidade e aclamação”.

Uma candidatura que, como o comunista afirmou à Lusa, pretende dar “um contributo indispensável para que Cavaco Silva seja derrotado”, considerando que a reeleição do Presidente da República “significaria não apenas a continuação, mas o agravamento dos problemas nacionais”.

No discurso de encerramento da Festa do Avante, no domingo passado, também o secretário geral comunista, Jerónimo de Sousa, prometeu que a candidatura de Francisco Lopes estará “empenhada na denúncia da prática negativa do atual Presidente e na contribuição para a derrota do candidato da direita”.

O candidato e o PCP têm garantido que a candidatura é para levar até ao voto, afirmando “disponibilidade de assumir todas as responsabilidades que o povo português entenda”.

Francisco Lopes pretende distinguir-se dos seus adversários sustentando que a sua candidatura “não se confunde nem com a prática de Cavaco Silva nem com o rumo que tem sido seguido, designadamente pelo governo do PS, que compromete o rumo do país”.

Durante a Festa do Avante, no fim de semana passado, o deputado comunista não participou em qualquer ato público na Quinta da Atalaia como candidato presidencial, argumentando que a apresentação formal só ocorre hoje, mas acabou por passar várias horas da tarde de sábado a dar entrevistas a órgãos de comunicação social.

À corrida presidencial já se apresentaram Manuel Alegre, apoiado pelo PS e pelo Bloco de Esquerda, o socialista Defensor Moura e o independente Fernando Nobre.