Autor: Lusa/AO Online
A campanha “Não deixe a gripe estragar a festa” visa sensibilizar pais, educadores e cuidadores para o impacto da gripe nas crianças e adolescentes, apelando à promoção de comportamentos preventivos, como higiene das mãos, etiqueta respiratória e ventilação dos espaços fechados.
Segundo os promotores da iniciativa, 88% dos internamentos por gripe em idade inferior a 5 anos, em Portugal, ocorrem em crianças saudáveis.
“Embora na maioria dos casos a evolução da gripe seja favorável, as crianças estão em risco de desenvolver complicações bacterianas como otite média aguda, sinusite e pneumonia, que contribuem para um aumento da prescrição de antibióticos, sublinham.
Referem ainda que cerca de 70% dos episódios de urgência por síndrome gripal registados no início da época da gripe de 2024 ocorreram em crianças e adolescentes, “revelando o peso significativo desta doença nesta população”.
As organizações salientam ainda que “a gripe em idade pediátrica não é apenas um problema clínico: é também um desafio social e económico”.
“As crianças têm cinco vezes mais probabilidade de contrair gripe fora do agregado familiar e o dobro da probabilidade de a transmitir dentro de casa, resultando numa estimativa de 195 dias de trabalho perdidos por cada 100 crianças com menos de três anos”, elucidam.
A campanha tem como mascote a personagem Viroco, “o especialista em estragar a festa”, que protagoniza os materiais da campanha, convidando pais e crianças a testarem os seus conhecimentos sobre gripe pediátrica e a adotarem medidas simples para evitar a propagação do vírus de forma lúdica e educativa.
Este ano, a campanha adota um formato multiplataforma com presença na rádio, na imprensa, nas redes sociais e no ‘site’ www.gripeinfantil.pt, onde é possível encontrar informações práticas, testes interativos e conselhos validados por especialistas.
“Esta presença transversal pretende chegar às famílias com informação clara, prática e acessível, desmistificando mitos sobre gripe em idade pediátrica e promovendo comportamentos preventivos, como higiene das mãos, etiqueta respiratória e ventilação dos espaços fechados”, destacam.
A campanha resulta da colaboração entre a Associação Nacional das Farmácias, a Associação Nacional de Médicos de Saúde Pública, a Associação Portuguesa de Enfermeiros de Cuidados de Saúde Primários, a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, a Associação de Unidades de Cuidados na Comunidade, as Farmácias Portuguesas, a Sociedade Portuguesa de Alergologia e Imunologia Clínica e a AstraZeneca.