Câmara Municipal das Velas com orçamento de 11,3 milhões de euros em 2022

O orçamento da Câmara Municipal das Velas, nos Açores, para 2022, aprovado com a abstenção da oposição, ronda os 11,3 milhões de euros, menos 2,7 milhões do que o orçado para este ano.



“Trata-se de um orçamento realista e exequível tendo por base os seus fundos próprios, mas também as receitas provenientes no âmbito do próximo quadro comunitário de apoio”, afirmou o presidente do município, Luís Silveira (CDS-PP), em comunicado de imprensa.

Para 2021, o município, localizado na ilha de São Jorge, aprovou um orçamento de 14 milhões de euros, prevendo gastar 11,3 milhões em 2022.

Segundo Luís Silveira, “a despesa corrente corresponde a sensivelmente 4,5 milhões de euros e as despesas de capital a 6,5 milhões de euros, sendo os encargos com dívida à banca na ordem dos 300 mil euros”.

O autarca, que cumpre o seu terceiro mandato, realçou que o município mantém o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) “nos mínimos, bonificando as famílias com filhos”, e devolve “a totalidade das receitas próprias do Município em sede de IRS [Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Singulares]”.

Por outro lado, destacou o aumento de apoios sociais, elencando o “significativo valor na atribuição de bolsas de estudo aos jovens do concelho”, o “apoio à natalidade”, o programa “SOS Idoso” e a “manutenção do apoio de um corpo permanente de primeira intervenção para socorro à população”.

Luís Silveira disse que houve ainda um “aumento considerável de recursos financeiros” a atribuir às juntas de freguesia, “que atinge no presente mandato autárquico os 20%”.

O presidente da Câmara Municipal das Velas defendeu que o investimento previsto dará “um contributo para o desenvolvimento da economia local” e acrescentou que o município continuará sem cobrar derrama às empresas, “permitindo-lhes reinvestirem os seus lucros no concelho, criando mais riqueza e mantendo e gerando novos postos de trabalho”.

“Este é um orçamento que prevê criar melhores condições de vida à população, estimular a economia local e colaborar com as nossas instituições, acreditando que todos juntos vamos construir um concelho cada vez melhor e onde se gosta de estar e viver”, frisou.

O documento foi aprovado em reunião de câmara com os votos a favor do CDS-PP e a abstenção do vereador único do PS, passando igualmente na assembleia municipal com os votos favoráveis do CDS-PP e a abstenção de PS, PSD e CDU.

Questionado pela Lusa, o vereador socialista, Rui Sequeira, disse que o orçamento não é um documento “mau para o concelho”, mas ”podia ir um pouco mais além e mais de encontro às necessidades da população”.

“É um orçamento que reflete a continuidade do trabalho que tem vindo a ser feito pelo executivo do CDS, embora inclua já algumas das nossas pretensões, tal como a implementação de uma incubadora de empresas”, afirmou.

O socialista não deu, no entanto, um voto favorável por considerar que o documento ainda reflete uma “tendência para as políticas do betão”, em vez de apostar em “políticas com benefícios diretos para as populações e para o comércio”.

Rui Sequeira defendia ainda um maior reforço de verbas para as juntas de freguesia e um maior envolvimento da população na elaboração do documento.


PUB

Premium

A funcionar desde outubro, a Unidade de Hospitalização Domiciliária do Hospital do Divino Espírito Santo já internou 18 doentes em casa, oferecendo cuidados de nível hospitalar no domicílio, com uma equipa multidisciplinar dedicada, menor risco de infeções e quedas, maior conforto para o doente e melhor gestão das camas hospitalares