Bolieiro fala em Orçamento de “esperança” e promete prioridade à Saúde nos Açores

O presidente do Governo dos Açores, José Manuel Bolieiro, considerou que o Orçamento para 2026 é de “determinação e esperança”, apesar de não ser possível “satisfazer os problemas todos”, e prometeu dar prioridade à saúde



“Um Orçamento de determinação e de esperança. É oportunidade de prosseguir a modernização das nossas ilhas. De reforçar a coesão. De qualificar as pessoas e transformar o nosso modelo económico. A história olhará para este momento”, afirmou Bolieiro nas intervenções finais da discussão do Plano e Orçamento dos Açores para 2026, na Assembleia Legislativa, na Horta.

O líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) prometeu que vai estar do “lado certo da história” numa altura em que os Açores podem ser um “laboratório do futuro” e uma “fronteira avançada de Portugal no mundo”.

“Raros são os momentos em que uma região pode transformar-se estruturalmente. Este é um deles. O Plano de Recuperação e Resiliência e o programa Açores 2030 representam 550 milhões de euros para 2026”, vincou.

Bolieiro apontou a saúde como uma “prioridade inquebrantável” e justificou o aumento do orçamento naquela área com a “modernização de hospitais e centros de saúde”, a “contratação e valorização de profissionais”, a “melhoria das condições de trabalho” e o “reforço das respostas nas ilhas mais isoladas”.

“Não há tema que mais preocupe os açorianos do que a saúde. A saúde é sempre a mais urgente das necessidades. Por isso, por conjunto dos anos de 2025 e 2026, o orçamento da saúde foi aumentado em cerca de 100 milhões de euros. É muito, e ainda assim, quiçá, insuficiente”.

O líder regional destacou o reforço dos programas de apoio à habitação para um total de 66 milhões de euros, já que a “ausência de habitação acessível ameaça a dignidade das pessoas” e “compromete os projetos de vida dos jovens”.

O presidente do Governo dos Açores admitiu, contudo, que em “nenhum momento é possível satisfazer os problemas de todos”.

“Cabe ao Governo Regional fazer as opções políticas de natureza orçamental, com os condicionados recursos colocados à nossa disposição”, alertou.

José Manuel Bolieiro avisou, também, que “recusa permitir que a negatividade de alguns paralise” o Governo Regional ou que a “divisão promovida por alguns enfraqueça” o executivo.

“A continuidade de quem faz bem, assegura o bem-fazer. Ouvir dizer, de quem fez menos, apesar do mais tempo que teve para fazer, que está tudo mal agora, desmerece mais quem critica e enaltece, sobretudo, quem faz melhor”, afirmou, dirigindo-se à bancada do PS.

O chefe do governo açoriano elencou ainda várias medidas aplicadas desde que a coligação PSD/CDS-PP/PPM assumiu o poder em 2020 como a redução fiscal, Tarifa Açores, a gratuitidade das creches ou o reforço do complemento regional de pensão e do programa de aquisição de medicamentos para idosos.

“Os tempos que vivemos são muito difíceis, mas às tempestades respondemos com resiliência. À insularidade respondemos com identidade. Queremos os Açores como um símbolo do futuro”, vincou.

Os terceiros Plano e Orçamento da legislatura preveem um investimento público global de 1.191 milhões de euros, incluindo 990,9 milhões de responsabilidade direta do Governo Regional, que apresentou como “grande desiderato” a execução dos fundos comunitários, em particular do PRR.

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