Autor: Lusa/AO online
A vitória mantém os lisboetas na corrida aos oitavos-de-final da "Champions", numa altura em que são terceiros no grupo com seis pontos, menos um do que os alemães do Schalke 04, que empataram 0-0 em casa dos israelitas do Hapoel Telavive, e menos três do que os gauleses, que lideram.
Alan Kardec, aos 20 minutos, abriu o caminho da vitória, tendo Fábio Coentrão, aos 32 e 67, este segundo um "chapéu" exemplarmente executado, e Javi Garcia, aos 42, colocaram os "encarnados" a vencer por 4-0 e com a sensação de missão cumprida, mas os últimos 15 minutos foram de quase pesadelo.
Gourcuff, aos 75, Gomis, aos 85, e Lovren, nos instantes finais dos descontos, anotaram os três tentos dos franceses, que venderam cara a derrota em Lisboa.
A palavra eficácia é a que melhor define a exibição do Benfica, eficácia essa que lhe permitiu resolver o jogo em 45 minutos, mas quase “borrava a pintura” no último quarto de hora da partida. período em que sofreu três golos.
Quando o Benfica chegou ao primeiro golo, aos 20 minutos, na sequência de um livre de Carlos Martins – esteve na origem dos quatro golos –, ao qual Kardec correspondeu com cabeçada fatal, o Lyon tinha criado dois lances pelo flanco esquerdo, nos quais introduziu a bola na baliza de Roberto, ambos invalidados por fora de jogo.
O segundo golo surgiu de um lance de contra-ataque, com Javi Garcia a rechaçar a bola e um defesa francês a cometer um erro fatal, com um passe transviado a embalar Carlos Martins na oferta para Fábio Coentrão marcar o segundo golo.
Sem que o Benfica tivesse criado caudal de jogo suficiente, chegou ao terceiro golo em novo lance de bola parada, desta vez um canto e mais uma vez com Carlos Martins a cobrar o lance para Javi Garcia desviar na pequena área para o fundo das redes, com culpas evidentes para o guarda-redes Lloris.
O Benfica entrou para a segunda parte com o jogo na mão e resolvido, ideia que reforçou aos 67 minutos, com Fábio Coentrão a assinar o quarto golo, mais uma vez num lance de contra-ataque a aproveitar o balanceamento ofensivo dos franceses.
De resto, se Carlos Martins “esteve” nos quatro golos, Coentrão “esteve” em três, marcando um deles, cotando-se ambos como os melhores jogadores em campo.
Perdido por quatro perdido por mil, Claude Puel abriu a frente de ataque com as entradas de Gomis e Lacazzete, permitindo ao Lyon maior profundidade e agressividade atacante, cujo efeito se traduziu em três golos no espaço de um quarto de hora.
Ao mesmo tempo, Jorge Jesus, resguardado com os quatro golos, resolveu começar a poupar as “pedras” mais influentes: Carlos Martins, Saviola e Kardec deram lugar a Felipe Menezes, Jara e Weldon.
Essa mensagem terá passado para dentro do campo e começaram as facilidades e desconcentrações que conduziram à recuperação quase total dos franceses, inaceitável quando se disputa um jogo da Liga dos Campeões.