Autor: Lusa/AO Online
O objetivo contemplado no plano de reestruturação aprovado pela Direção Geral da Concorrência da Comissão Europeia em termos de pessoal é atingir uma base de 7.500 funcionários até 2015, tendo o BCP fechado o terceiro trimestre do ano com 8.266 colaboradores.
Ou seja, vão ter que sair da instituição mais 766 trabalhadores até dezembro do próximo ano.
"O processo está a caminhar. Há um número alargado de propostas dos próprios colaboradores. Vamos aceitar muitos desses pedidos, mas não podemos aceitar todos, dependendo das funções exercidas", revelou o líder do BCP.
E acrescentou: "Depois, vamos fazer um processo adicional de reformas antecipadas e de rescisões por mútuo acordo".
Quanto à rede doméstica, além das 50 agências encerradas entre o início do ano e o final de setembro, somam-se mais 20 balcões que vão fechar até ao final do ano. Neste caso, a meta do BCP é contar com 700 agências em dezembro.
"Com 700 sucursais se cobre muito bem o país", assinalou Nuno Amado, realçando que o BCP continua a deter a maior rede de balcões em Portugal entre os bancos privados.
Além da questão numérica relativa ao quadro de pessoal e à rede de agências, o plano de reestruturação contempla também a redução dos gastos com pessoal, para a qual o corte salarial médio de 6% acordado com os sindicatos é fulcral.
"A redução salarial de 6% temporária que foi acordada com os sindicatos para defender o emprego, em média, só teve efeito neste terceiro trimestre e, portanto, vai ter efeito na comparação entre 2014 e 2015", afirmou Nuno Amado, durante a conferência de imprensa de apresentação das contas dos primeiros nove meses do ano, em Lisboa.
"No ano que vem, como são 12 meses em vez de 6 meses de redução salarial, vai ter mais impacto", sublinhou o gestor.