Açoriano Oriental
Acidentes de Trabalho
Autoridade quer peritagem a acidente mortal por electrocussão para aumentar prevenção
A Autoridade para as Condições de Trabalho quer que seja realizado um estudo, por peritos, à morte de um jovem de 18 anos por electrocussão, com o objectivo de poderem vir a ser melhoradas as normas gerais de prevenção.
Autoridade quer peritagem a acidente mortal por electrocussão para aumentar prevenção

Autor: Lusa/AO online
A ACT pediu a colaboração de peritos da Direcção-Geral de Energia para avaliarem, de forma aprofundada, as causas de um acidente de trabalho ocorrido no concelho de Torres Vedras e que vitimou um jovem quando estava a concluir um trabalho num posto de transformação da EDP.

    “Há uma série de acidentes por electrocussão e era bom, em termos de prevenção, que se aprofundassem as causas destas mortes para diminuir o número de vítimas”, afirmou hoje à Lusa Rui Machado, inspector coordenador da Autoridade para as Condições de Trabalho da zona Oeste.

    No dia 17 de Outubro, um funcionário de uma empresa de Torres Vedras que estava a efectuar obras para a EDP, em Casal dos Feros (Silveira) não resistiu a uma descarga eléctrica quando supostamente já estava a concluir o trabalho.

    “A corrente voltou por alguma razão e é preciso aprofundar esta questão”, frisou o inspector.

    Um estudo profundo do caso poderia permitir ainda, segundo o responsável, vir no futuro “a modificar os procedimentos de segurança”.

    A Lusa solicitou o acesso aos relatórios da EDP e da empresa ao que terá acontecido mas a ACT invocou o segredo de justiça para os manter sob reserva.

    Na altura, um responsável da empresa declarou aos jornalistas que “estavam a ser cumpridas todas as normas de segurança”.

    Segundo as estatísticas da Autoridade para as Condições de Trabalho, em 2008 já morreram seis pessoas por electrocussão, cinco das quais no sector da construção.

    As mortes em trabalho devido a descargas eléctricas têm vindo a diminuir desde 2004, ano em que se registaram 17 vítimas mortais.

    Em 2005 morreram 12 pessoas, em 2006 o número desceu para 8 para, em 2007, voltar a subir para 9.

    Assim que ocorrem os acidentes os inspectores da ACT realizam inquéritos para averiguar as causas e os resultados são encaminhados para o Ministério Público.

   

    ZO.

    Lusa/fim
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