Autor: Lusa/AO online
Os dois ferries gémeos, que começaram a operar nos mares do Açores no início de 2014, são os únicos navios da empresa com capacidade para o transporte de viaturas, mas um deles está parado para efeitos de certificação e o outro sofreu um curto-circuito e está parado à espera de peças.
Segundo fonte da Atlânticoline, o navio "Gilberto Mariano" (que está parado devido a avaria), não pode operar a rampa de popa, por onde entram e saem os passageiros e as viaturas, devido a um "curto-circuito" que "afetou a operacionalidade" da rampa.
"Não existem, de momento, previsões para o regresso do navio à operação, visto que se aguarda a chegada de alguns equipamentos à Horta, necessários à reparação", adiantou a Atlânticoline em comunicado enviado às redações.
Entretanto, para assegurar o transporte regular de passageiros entre Faial, Pico e São Jorge, (rota que movimenta mais de 400 mil passageiros/ano), a empresa socorreu-se do "Cruzeiro do Canal" e do "Cruzeiro das Ilhas", barcos construídos há quase 30 anos, mas que apenas podem transportar passageiros.
"Por enquanto, o transporte de viaturas está suspenso", adiantou fonte da mesma empresa, ressalvando, porém, que o número de reservas para o transporte marítimo de viaturas, nesta altura do ano, é "residual".
Os navios "Mestre Simão" e "Gilberto Mariano" foram construídos nos "Astilleros Armon", em Espanha, custaram cerca de 18,6 milhões de euros e começaram a operar no início de 2014.
Ambos têm 40 metros de comprimento, mas diferem em termos de capacidade de transporte de passageiros e de viaturas: o "Mestre Simão" pode transportar 333 passageiros e oito viaturas, e o "Gilberto Mariano", 287 passageiros e 12 viaturas.