Autor: Lusa/AO Online
A transformação de produtos, nomeadamente da castanha, permite, na opinião da governante, criar postos de trabalhos fixos durante o ano, e não apenas sazonais, e atrair “mais” investimentos, sobretudo estrangeiros.
“Dar novas formas aos produtos é muitíssimo positivo e os mercados internacionais agradecem essa vivacidade”, afirmou.
Assunção Cristas considerou que a união entre a agricultura e a agroindústria deve ser, no futuro, a aposta e o caminho a “trilhar”.
Enquanto caminhava pelo souto, acompanhada pelos filhos, a ministra da Agricultura caracterizou a castanha como o “ouro” da região de Trás-os-Montes e lembrou que o setor tem ganho “grande dinamismo e impulso” no país.
Nos últimos dois anos, avançou, a área de soutos plantados duplicou, o que demonstra a sua importância.
E, acrescentou, “os investimentos nacionais e estrangeiros neste setor estão a aumentar, criando postos de trabalho, o que, aqui, é muito importante”.
A governante relembrou que, em 2012, foram exportados 17,5 milhões de euros em castanhas e derivados e canalizados para o setor, no âmbito do programa de desenvolvimento rural, 10 milhões de euros.
Este ano, comentou, a produção da castanha vai aumentar 27%.
Além de castanhas, a ministra da Agricultura recebeu, por parte dos produtores, pedidos de ajuda.
O proprietário do souto, Flávio Batista, relembrou que “nem tudo é bom”.
E, disse, “temos várias dificuldades, por exemplo, os castanheiros estão a ser afetados e a morrer devido a várias doenças, por isso, precisávamos de ajuda, não financeira, mas técnica para as travar”.
O produtor anotou que noutros países, nomeadamente na França, existem já tratamentos para pôr fim a “estas pragas”, pedindo à ministra para copiar este exemplo.
Ao repto, Assunção Cristas garantiu estar “muito atenta”, sobretudo a fenómenos que começam noutros países e atingem Portugal, por isso, vai aumentar a formação e informação no domínio das boas práticas agrícolas.
Depois de apanhar castanhas, a ministra da Agricultura visitou uma unidade de produção, comercialização, transformação e distribuição de frutos secos, frutos vermelhos, produtos transformados e `gourmet, em Vila Pouca de Aguiar.
O administrado da empresa Agroaguiar, Rodrigo Reis, pediu “sensibilidade” ao Governo para pequenos investimentos que, nesta região, “significam muito”.
A fábrica, que exporta 75% da sua produção, está a construir uma nova base logística para armazenar os produtos congelados, num investimento de 1, 5 milhões de euros.
Assunção Cristas garantiu que o próximo programa do Governo terá medidas “concretas” para a agricultura tradicional e das espécies para revitalizar o setor.