Sob o lema "Campanha Natal Azul", a Associação Protectora de Diabéticos de Portugal (APDP) e a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) vão distribuir hoje mil unidades de um bolo azul, com base "numa receita adaptada ao nível das dosagens e dos ingredientes de modo a poder ser ingerido por diabéticos".

    É hoje também apresentado um prémio de jornalismo para distinguir trabalhos e ao mesmo tempo incentivar o desenvolvimento de textos sobre esta doença.

    O director-clínico da APDP, José Boavida, explicou à Lusa que o bolo apelidado de "bolo azul" pretende ser uma alusão ao Círculo Azul, adoptado pelas Nações Unidas para a campanha "Unidos pela Diabetes".

    O objectivo é informar as pessoas que pelo menos ao nível alimentar as coisas podem ser vistas pela positiva, desde que as pessoas tenham atenção aos ingredientes.

    O bolo-rei, ou seja o bolo azul, que hoje está a ser distribuído junto à estação do Rossio do Metropolitano de Lisboa, é feito com frutos secos e decorado com ameixas.

    Com o bolo é entregue um folheto, onde será possível encontrar a receita e a composição nutricional, "num apelo à necessidade de uma correcta e atenta leitura dos rótulos e informação sobre a doença".

    "É preciso fugir ao discurso proibitivo e negativo a que todos recorrem quando se fala deste doença", disse José Boavida, realçando que os "diabéticos também podem saborear o Natal".

    O problema da diabetes, que atinge directamente um milhão de portugueses, afecta, indirectamente um terço dos portugueses, adiantou o médico.

    De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a diabetes é a quarta causa de morte na maioria dos países desenvolvidos.