Açoriano Oriental
Sociedade
Assalto na Igreja de São Pedro

Dois castiçais em prata pura, do século XVIII, foram furtados na sexta-feira do interior da Igreja de São Pedro, alegadamente por um homem de 43 anos, que foi detido anteontem pela Polícia de Segurança Pública. .


Autor: Luís Pedro Silva

O suspeito foi descoberto quando regressava na segunda-feira à Igreja de São Pedro para furtar mais dois castiçais, tendo sido detectado por uma empregada de limpeza.
A responsável pela manutenção da igreja alertou uma brigada de trânsito da PSP que se encontrava a realizar uma operação STOP nas imediações, tendo conseguido identificar e deter o homem em flagrante delito.
Após várias diligências efectuadas por elementos da esquadra de investigação criminal da PSP, o detido terá confessado a autoria do furto dos dois castiçais na semana passada, tendo indicado o nome da ourivesaria onde vendeu os materiais, contou o padre João Maria Brum, responsável pela Igreja de São Pedro.
A polícia conseguiu recuperar os objectos furtados, que estavam avaliados em cerca de 16 mil euros, tendo procedido à entrega dos mesmos na igreja de São Pedro.
O arguido, com cadastro criminal, foi presente ao Tribunal de Ponta Delgada que lhe aplicou a medida de coacção máxima, tendo recolhido em prisão preventiva enquanto aguarda a realização do julgamento.
O padre João Maria Brum explicou que os dois castiçais furtados fazem parte de um conjunto de seis, que estão colocados ao lado do sacrário, na Capela do Santíssimo.
O padre elogiou o trabalho da polícia mas referiu que vai tomar medidas para reforçar a segurança no interior da igreja.
“A história terminou com um final feliz, mas ficaria bem mal disposto se os dois castiçais tivessem desaparecido. Agora, é evidente que actualmente vivemos num clima de alguma insegurança e temos de tomar algumas providências”, afirmou .
O reforço dos meios de videovigilância no interior da igreja será a primeira medida a aplicar na Igreja de São Pedro.
“As pessoas procuram objectos altamente valiosos, que fazem as delícias dos turistas, mas estamos a pensar se mantemos esses objectos na igreja ou os colocamos em locais seguros”, salientou o responsável do templo.
João Maria Brum considera que as igrejas são um alvo do crime, “não devido ao dinheiro, mas pelos objectos”.
O padre recorda um assalto  a uma coroa do Espírito Santo, ocorrido há três anos, que valia muito dinheiro e nunca chegou a ser recuperada.
Devido ao perigo da existência de furtos de obras de arte sacra em igrejas, a Polícia Judiciária criou o projecto “Igreja Segura”, tendo realizado acções de formação  junto dos padres a nível da prevenção criminal e vigilância em templos
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