Autor: Lusa/AO Online
Pelo facto desta doença respiratória se encontrar subdiagnosticada, muitos doentes só procuram um médico depois de perderem cerca de 50% da capacidade respiratória, alertou hoje a SPP em comunicado. Carlos Robalo Cordeiro, presidente da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, salienta no comunicado que “é fundamental promover o diagnóstico precoce, de modo a intervir atempadamente e abrandar o declínio da capacidade respiratória do doente” e sublinha que cerca de 86% dos doentes a quem foi feito o diagnóstico com base na realização de uma espirometria não estavam identificados. A SPP defende ser importante promover o acesso à espirometria através dos Cuidados de Saúde Primários, pois de acordo com a vice-presidente da organização, Cristina Bárbara, “é impossível diagnosticar a DPOC à luz da simples observação sem a realização de uma espirometria”. A DPOC foi um dos temas debatidos no XXIX Congresso de Pneumologia, que decorreu entre sexta-feira e hoje em Albufeira. Segundo uma projeção da Organização Mundial de Saúde, esta será a quinta causa de incapacidade em 2030. Em Portugal, a mortalidade por doenças respiratórias constitui a terceira principal causa de morte a seguir às doenças cardiovasculares e aos tumores, de acordo com os dados do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias.