Autor: Paulo Faustino
Os queijos de São Jorge e do Pico, feitos à base de leite de vaca cru, e o ananás cultivado nas estufas de vidro de São Miguel são três produtos tradicionais dos Açores que constam da lista de produtos agro-alimentares de excelência da Europa.
A informação, avançada pelo DN, foi veiculada pelo Atlas Mundial Qualigeo-Atlas, uma publicação inteiramente vocacionada para os produtos agro-alimentares de qualidade e que já distinguiu 115 produtos utilizados na gastronomia em Portugal. Desses sobressaem os três já mencionados dos Açores, mas também, e entre outros, os queijos da Serra da Estrela, de Serpa e de Nisa, o presunto de Barrancos, a chouriça de carne de Vinhais, as ameixas e azeitonas de conserva de Elvas, as amêndoas do Douro e a anona da Madeira.
Portugal ocupa um honroso quarto lugar na tabela dos países europeus com alimentos tradicionais com qualidade de topo. À frente de Portugal ficam apenas a Itália, França e Espanha.
O Qualigeo-Atlas, um manual constituído por 1200 páginas, privilegia a cozinha genuína do Mediterrâneo e Atlântico. Sobretudo dos alimentos confeccionados segundo receitas tradicionais - nalguns casos seculares - e artesanais que identificam as especificidades gastronómicas e práticas agrícolas ancestrais dos países ou regiões de origem. Percebe-se a posição privilegiada de Portugal neste "ranking". As carnes, enchidos, queijos, azeite extra virgem, doces e frutos são dos alimentos mais visados pelo Qualigeo-Atlas, produtos na verdade que especializaram Portugal na criação de roteiros gastronómicos, conhecidos no estrangeiro e muito procurados pelos turistas que visitam o país.
A elaboração do manual requereu um trabalho de dois anos envolvendo 40 pessoas e o apoio dos representantes dos 27 países da União Europeia. O resultado da recolha exaustiva é um banco de dados que mostra mais de 500 fotografias e centenas de mapas de regiões, dando a conhecer à Europa a diversidade e riqueza das suas especialidades gastronómicas tradicionais. Acresce a informação de que os produtos agro-alimentares de excelência integram quase um milhão de produtores e dão trabalho a dezenas de milhões de pessoas, que geram lucros de 15 mil milhões de euros por ano.
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