Açoriano Oriental
Açores/Eleições
Aliança cancela a campanha de contacto público devido à pandemia

O Aliança/Açores encerrou, na terça-feira, a campanha eleitoral de rua, mas vai manter-se ativo “nas plataformas digitais” e comparecer aos debates que tem marcados, mantendo o objetivo de eleger um deputado pela Terceira e outro por São Miguel.

Aliança cancela a campanha de contacto público devido à pandemia

Autor: Lusa/AO Online

“Porque é essencial dar o exemplo com humildade, mas determinada convicção, encerramos hoje aqui, simbolicamente, à porta da ‘Autonomia’ que continua por abrir, a nossa campanha eleitoral de contacto público”, afirmou o candidato Mário Fernandes, que falava em frente à Casa da Autonomia, em Ponta Delgada.

O cabeça de lista do Aliança por São Miguel, ilha que elege 20 dos 57 deputados do parlamento açoriano, afirmou que o partido tem “assistido com estupefação a atos de verdadeira irresponsabilidade política que culminam, por exemplo, com visitas de líderes partidários vindos do continente, na altura mais perigosa desta pandemia”.

Mário Fernandes apontou ainda para a realização de “jantares e iniciativas onde se juntam dezenas de pessoas, num total contrassenso à autonomia das estruturas regionais dos partidos”.

Assim, o Aliança tomou uma decisão que considera ser “a única possível, nestas circunstâncias, e que se deve exigir a todos os que têm responsabilidades públicas ao dia de hoje”.

O líder regional do partido, Paulo Silva, esclareceu que o Aliança vai “cancelar a campanha de rua”, mas irá “manter nas plataformas digitais e manter o acordo com os debates que faltam concluir”.

Para o cabeça de lista pelos círculos da Terceira e de compensação, “na política não vale tudo” e nesta campanha “o modelo é diferente, as circunstâncias são diferentes, e as famílias e as pessoas têm de estar à frente de tudo isto que tem acontecido até agora”.

Paulo Silva mantém a esperança de, no próximo domingo, eleger um deputado “por São Miguel e um pela Terceira”, sublinhando que o partido não vai fazer “nenhuma coligação, quer à esquerda, quer à direita”.

Na última ação de campanha realizada hoje, em Ponta Delgada, foram colocadas ‘t-shirts’ do partido no Palácio da Conceição, onde será instalado o projeto museológico Casa da Autonomia.

Nas eleições regionais açorianas existe um círculo por cada uma das nove ilhas (São Miguel, Terceira, Faial, Pico, São Jorge, Graciosa, Santa Maria, Flores e Corvo) e um círculo regional de compensação, reunindo os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

Ao todo, são 13 as forças políticas que se candidatam no domingo aos 57 lugares da Assembleia Legislativa Regional: PS, PSD, CDS-PP, BE, CDU, PPM, Iniciativa Liberal, Livre, PAN, Chega, Aliança, MPT e PCTP/MRPP.

O Aliança concorre pelos círculos de São Miguel, Terceira e de compensação.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Estão inscritos para votar 228.999 eleitores.


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