Açoriano Oriental
Açores querem alternativas para escoamento de carga para a região
O secretário regional do Turismo e Transportes defendeu hoje a necessidade de se encontrar "alternativas pontuais" no transporte de carga para os Açores quando as operadoras aéreas não sejam a melhor solução.

Autor: Lusa/AO Online

“Havia um compromisso assumido, por parte do Governo anterior, de encontrar situações alternativas e pontuais para procuras que não tivessem resposta, pelo lado da oferta existente, que se impõe que sejam ativadas neste momento para dar resposta àquilo que são as necessidades reais de carga para a região”, afirmou à Lusa Vítor Fraga.

O diretor nacional de operações dos CTT queixou-se hoje do novo modelo de transporte aéreo nos Açores que, alegadamente, está a penalizar a carga aérea, face à diminuição da capacidade das transportadoras tradicionais.

Em declarações à agência Lusa, Hernâni Santos disse que existe atualmente uma “acrescida dificuldade” para os CTT – Correios de Portugal escoarem a sua carga: "a alteração dos equipamentos [aviões envolvidos nas rotas com os Açores] que estão a ser utilizados no transporte veio diminuir a capacidade de carga".

Os Açores têm, desde 29 de março, um novo modelo de transporte aéreo nas ligações com o continente, que assenta na liberalização das rotas de Ponta Delgada e da Terceira e que permitiu que as companhias “low cost” Ryanair e Easyjet passassem a operar na região, competindo com a SATA e a TAP.

De acordo com o titular da pasta dos Transportes do executivo açoriano estas declarações dos CTT “vêm dar razão” ao que o Governo dos Açores afirmou desde o início do processo, ou seja, que “era fundamental” que, ao abrigo do novo modelo de acessibilidades à região, “entrasse em funcionamento, em simultâneo, tanto a componente de passageiros como de carga aérea, o que “não se veio a verificar”, uma vez que o concurso de carga aérea “ficou deserto”.

Vítor Fraga afirma que se “impõe que seja rapidamente retomado este processo” que o Governo da República anterior “deixou incompleto” ao não dar seguimento a uma deliberação do Conselho de Ministros de criar um grupo de trabalho para definir as condições do concurso e para que o mesmo pudesse ser lançado, visando que a carga aérea para os Açores “tivesse uma resposta adequada”.

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