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MPT candidata Pedro Pimenta para “abanar” a governação socialista

O Partido da Terra (MPT) apresenta como cabeça de lista por São Miguel e pelo círculo da compensação às eleições regionais Pedro Pimenta, residente em Leiria, que defende serem precisas pessoas “de fora” para “abanar” a governação socialista dos Açores.

MPT candidata Pedro Pimenta para “abanar” a governação socialista

Autor: AO Online/ Lusa

“Por vezes são precisas ideias novas, sangue novo, para abanar um bocado a estrutura daquilo que está a ser feito ao longo dos últimos 24 anos”, afirmou à agência Lusa Pedro Pimenta, salientando ser necessário “gente de fora” para apresentar “novas ideias” à política regional.

O Partido da Terra entregou esta semana as listas às eleições legislativas regionais de 25 de outubro, a que concorre em seis círculos com cabeças de lista maioritariamente com residência no continente português ou na Madeira.

Para a campanha eleitoral, o MPT apresentou um orçamento de zero euros, sem quaisquer previsões de gastos.

“Nós apresentamos orçamento zero porque acreditamos que podemos fazer política séria sem o dinheiro dos contribuintes”, justificou Pedro Pimenta.

O candidato, vice-presidente do partido, destacou que o MPT registou a “maior subida a nível nacional no círculo dos Açores” nas legislativas nacionais de 2019.

Nesse ato eleitoral, no qual Pedro Pimenta também foi candidato pelos Açores, o partido obteve 0,39% (326 votos).

Esses resultados, disse, demonstram “inequivocamente que os açorianos se interessam pela ideologia” do MPT.

“Nós temos esperança evidentemente de conseguir eleger um deputado para o parlamento regional dos Açores”, adiantou.

Como propostas do partido, o número um por São Miguel e pelo círculo de compensação apontou que a região precisa de “reforçar os meios de monitorização” das áreas marinhas e “implementar um modelo de gestão de áreas protegidas” que "nunca" foi implementado.

Pedro Pimenta quer criar a “figura do provedor do idoso”, uma vez que o envelhecimento demográfico é uma “problemática que atinge muito” o arquipélago açoriano.

Para o candidato, o Governo Regional tem deixado a saúde para “segundo plano”, criticando “as consultas com 15 meses de lista de espera” nos hospitais da região.

Para o MPT, é preciso também “combater a corrupção” nos Açores, sendo necessária uma “grande transparência nas verbas que o Governo Regional dá às autarquias, às juntas de freguesia, como a várias instituições”.

As próximas eleições para o parlamento açoriano decorrem em 25 de outubro.

Nas anteriores legislativas açorianas, em 2016, o PS venceu com 46,4% dos votos, o que se traduziu em 30 mandatos no parlamento regional, contra 30,89% do segundo partido mais votado, o PSD, com 19 mandatos, e 7,1% do CDS-PP (quatro mandatos).

O BE, com 3,6%, obteve dois mandatos, a coligação PCP/PEV, com 2,6%, um, e o PPM, com 0,93% dos votos expressos, também um.

Nas eleições regionais açorianas existem nove círculos eleitorais, um por cada ilha, mais um círculo regional de compensação que reúne os votos que não foram aproveitados para a eleição de parlamentares nos círculos de ilha.

O PS governa a região há 24 anos, tendo sido antecedido pelo PSD, que liderou o executivo regional entre 1976 e 1996.



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