Autor: Lusa/AO Online
"Sem a ameaça separatista dificilmente a autonomia dos Açores teria sido alcançada. Dificilmente teríamos a autonomia que temos hoje", declarou à agência Lusa o docente da Universidade dos Açores, especialista em movimentos regionalistas europeus.
Carlos Amaral recorda que os movimentos autonomistas de toda em Europa só tiveram sucesso porque tiveram como pano de fundo a "ameaça separatista".
"A concessão da autonomia por parte do poder central em países como a Espanha, Itália, Bélgica, Finlândia e Dinamarca era vista como um mal menor face à ameaça separatista", considera Carlos Amaral, que está convicto de que o mesmo se passou em Portugal com os Açores.
Carlos Amaral considera mesmo que a autonomia, entretanto, "neutralizou a opção separatista", sem roubar um lugar na história ao líder dos independentistas açorianos.
O docente universitário vê José de Almeida como uma das "figuras mais marcantes" da segunda metade do século XX da politica açoriana, destacando o papel que teve, particularmente, após o 25 de abril de 1974.
"Estando-se ou não de acordo com as propostas de José Almeida, foi definitivamente uma das figuras mais marcantes da política açoriana", afirmou.
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