A inseminação artificial das fêmeas é uma técnica amplamente desenvolvida e executada com altos níveis de sucesso. É possível, consultar na base de dados da Associação ou em catálogos anuais as características físicas dos machos disponíveis no mercado (nacional e internacional) de transação de sémen. Faz parte da base de dados todo o histórico do animal, incluindo o pedigree e as suas características. A seleção dos machos é realizada pelo criador/lavrador tendo em conta os parâmetros que melhor se adequam aos objetivos da sua lavoura por exemplo, valorizar a quantidade de músculo ou valorizar a quantidade de gordura na carne… O sémen é adquirido e preservado até à inseminação em azoto líquido (-196◦C). Cada tubo de sémen é identificado com os dados do animal e com o sexo que será manifestado pelas crias.

Embora maior parte deste processo de seleção artificial gire em torno do sémen (gâmetas masculinos) os oócitos têm 50% da responsabilidade do sucesso de todo este processo. A inseminação artificial de sémen é realizada por um técnico da Associação durante o período de ovulação da vaca.

De modo a maximizar a rentabilidade do sémen adquirido, uma fêmea com boas características pode ser submetida uma superestimulação ovárica e libertar vários oócitos de uma única vez que serão recolhidos para fertilização in vitro. Por este processo serão obtidos  vários embriões (todos com origem nos mesmos progenitores) que podem ser implantados em várias vacas da lavoura, que servirão de “barriga de aluguer”. Deste modo, é possível obter várias crias com as características pretendidas num curto espaço de tempo.

Para além da área da reprodução assistida a Associação Agrícola também presta serviços de apoio aos lavradores nomeadamente as análises ao leite. Os parâmetros de análise consistem na quantidade de leite produzida (litros/ano por cada vaca) e a qualidade do leite.

Quanto à qualidade do leite é tido em conta a percentagem de proteína e de elementos essenciais que este contém e caso seja necessário realizar ajustes na alimentação do animal. Neste sentido, a Associação também presta serviços à análise dos solos pois um solo pobre em sais minerais ou com um pH desajustado não permite um bom desenvolvimento da pastagem e consequentemente a alimentação dos animais será afetada.

Atualmente, os lavradores têm acesso a uma aplicação no telemóvel que monitoriza em tempo real a saúde e o bem estar do animal por exemplo, se está na época do cio; se já se alimentou ou se tem febre, entre outras informações. Esta monitorização é realizada através de uma coleira/pulseira colocada no animal que através de um chip transmite os dados para o telemóvel.

Foi uma manhã, muito bem passada na companhia do técnico Carlos Ferreira que amavelmente nos convidou e acompanhou nesta visita. Por fim, foi lançado o desafio ao grupo de entrarem no curso especializado de inseminação artificial uma vez  que área que se encontra com falta de profissionais. Para aceder ao curso, lecionado na Associação Agrícola é necessário ter concluído o 12º ano, ter carta de condução e não ser daltónico.

Turmas 12ºA e 12ºB