Autor: Susete Rodrigues/AO Online
Inspirada na vida e obra do poeta Antero de Quental, Milagres Paz, refere em nota de imprensa que “interessada no património cultural dos Açores e após ler inúmeros documentos sobre a vida e obra de Antero de Quental, o poeta mais dramático da literatura açoriana, fiquei fascinada com o Homem e com o Poeta”. Acrescenta que “as suas palavras transbordam emoções e contradições, luz e escuridão, vazio e a sua voz ecoa além-fronteiras e ultrapassa a imensidão do tempo e do espaço.
A sua vida e obra estão repletas de momentos que me atormentaram a alma e me deixaram o corpo com uma enorme ânsia de comunicar”.
A coreógrafa diz
ainda que “os seus altos e baixos emocionais, as suas insónias e os
seus algozes, os seus momentos existencialistas, a sua melancolia e, por
outro lado, a sua euforia de viver, o seu dinamismo físico e metafísico
fizeram dele o poeta que me fascinou, me fez chorar, pensar, meditar,
revoltar e acima de tudo amar e ver a morte como uma nova existência”.
A companhia de dança contemporânea Ballet Teatro Paz foi fundada por Milagres Paz, em 1996. Do seu repertório constam mais de uma centena de bailados originais, coreografados por Milagres Paz, e atuações em Portugal, Brasil e Estados Unidos.