Autor: Lusa / AO online
De acordo com Nuno Vasconcelos, "nas primeiras cinco horas de funcionamento iniciaram o processo de candidatura cerca de 300 pessoas, de todo o País".
Para este programa, o IHRU espera apoiar em 2008 entre 18 a 19 mil jovens.
O Porta 65 Jovem é uma vertente de um programa mais alargado para estimular o mercado de arrendamento, veio substituir o extinto Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ).
A portaria que regulamenta o programa, publicada em Diário da República na passada sexta-feira, estabelece rendas máximas admitidas em cada região do país, cria escalões e taxas de esforço para calcular o apoio a atribuir e define a dimensão do agregado familiar que é admitida para cada uma das tipologias de habitação.
Ao contrário do anterior IAJ, que chegava a comparticipar 75 por cento do valor das rendas apresentadas, o máximo que o Porta 65 comparticipa é metade do valor e apenas no primeiro ano para candidatos que se enquadrem no primeiro dos três escalões agora criados.
No preâmbulo da portaria ontem publicada o Governo justifica estas medidas com a necessidade de "impedir que as rendas possam ser inflacionadas" pelo facto de existirem apoios públicos e evitar que estes apoios sejam aproveitados por estratos populacionais de rendimentos elevados".
A portaria define ainda a renda máxima admitida em cada zona do país; os maiores valores ocorrem nas áreas da Grande Lisboa, onde o T0/ T1 terá o valor máximo de 340 euros e o T4/T5 os 680 euros.
O sistema de candidatura passou a ser todo digitalizado, numa tentativa de anular as falhas detectadas numa auditoria do Tribunal de Contas (TC) há 15 dias.
No relatório da auditoria, o TC apontava a falta de fiscalização do Instituto Nacional de Habitação (INH) quanto aos critérios para atribuição de subsídios aos jovens para arrendamento.
Indicava ainda que o sistema de devolução em caso de incumprimento era ineficaz e dizia ser "bastante provável ter havido beneficiários, ao mesmo tempo, do Incentivo ao Arrendamento por Jovens (IAJ) e de bonificação de juros à habitação própria".
A auditoria do TC abrangeu os apoios concedidos pelo INH no quadro do IAJ pago em 2006.