Açoriano Oriental
25 milhões investidos numa das vilas mais pobres dos Açores
Cerca de 25 milhões de euros foram investidos nos últimos quatro anos numa das localidades mais pobres dos Açores, a freguesia de Rabo de Peixe, que ganhou vários equipamentos e uma nova rede de saneamento básico.
25 milhões investidos numa das vilas mais pobres dos Açores

Autor: Lusa/AO Online
 As obras decorreram no âmbito do programa "Velhos Guetos, Novas centralidades", da responsabilidade do Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), que abrangeu a requalificação urbanística da povoação, dando-lhe igualmente melhores condições ambientais, com novas infra-estruturas de água e esgotos.

    "As bases estão criadas para que a população possa agora viver em melhores condições, num projecto que pertenceu aos dois pioneiros e que deram depois origem aos projectos dos 'Bairros Críticos'", afirmou Nuno Vasconcelos, presidente do IHRU.

    Em declarações à agência Lusa, o responsável disse que o projecto "correu bem", reconhecendo que "a componente social é sempre a mais difícil".

    "Construir uma piscina demora menos tempo do que mudar as mentalidades. Os equipamentos estão lá, mas esta ainda é uma zona onde há mães a ter os filhos em casa e que não vão trabalhar", explicou.

    Comentando a importância dos equipamentos construídos, que incluem um centro de artes, uma escola do primeiro ciclo, outra profissional, uma creche e jardim-de-infância e equipamentos culturais e desportivos, o presidente do IHRU afirmou: "Esta é por certo a freguesia do país que, proporcionalmente, tem mais equipamentos".

    "A população percebeu que alguma coisa estava a ser feita e que era para melhor e a recepção foi boa", explicou, acrescentando que o projecto foi sempre acompanhado de perto pela autarquia e pela Secretaria de Estado do Ordenamento do Território e das Cidades.

    Foram também desenvolvidas algumas intervenções ao nível social, sobretudo voltadas para problemas como a gravidez precoce, a toxicodependência e o alcoolismo.

    Uma cerimónia marcada para quarta-feira vai assinalar o fim de um complexo projecto de quatro anos, com a inauguração das escolas D. Paulo José Tavares, da Escola profissional da Ribeira Grande e do Clube Naval.

    No global o investimento rondou os 25 milhões de euros, 85 por cento dos quais financiados pelos fundos EFTA (Noruega, Islândia e Liechtenstein). Os restantes ficaram a cargo do IHRU.

    O projecto, que teve sempre a monitorização do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC), está praticamente concluído, bastando apenas terminar algumas intervenções na rede de saneamento para servir os cerca de 7.500 habitantes da vila mais populosa da concelho de Ribeira Grande, na ilha de São Miguel.

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