Autor: AO Online/ Lusa
Promovida pela Associação para o Estudo e Conservação dos Oceanos (AECO), a ação de limpeza e de sensibilização que se prolongou durante a manhã de hoje, contou com a participação de mais de 50 voluntários, distribuídos por vários grupos.
Em declarações à agência Lusa, a coordenadora do projeto, Sandra Godinho, indicou que a “foram recolhias montanhas de coisas, sendo difícil de quantificar em toneladas, a dimensão dos detritos recolhidos. Pode-se dizer que foram mais de duas toneladas”.
“Desde redes de pesca, a baterias, passando por pneus, restos de barcos, madeiras, plásticos, um manancial de lixo que estava depositado na Culatra”, referiu a responsável.
A ação decorreu entre a zona do porto de abrigo e o recovo - uma espécie de lagoa interior -, numa área com cerca de quatro hectares na ilha da Culatra, uma das ilhas-barreira da Ria Formosa na costa algarvia.
“São tantos os detritos que estavam concentrados numa área tão pequena, que será necessário recorrer a tratores para os transportar para os locais próprios”, sublinhou Sandra Godinho.
A campanha está integrada no projeto “Ria Formosa sem plástico”, iniciativa que ganhou o concurso internacional promovido pela European Outdoor Conservation Association (EOCA), que permitiu à à associação obter financiamento para contratar mergulhadores à Universidade do Algarve para a limpeza subaquática naquela ilha.
“O nosso objetivo está centrado na mudança de comportamentos, porque não podemos continuar a fingir que não se está a passar nada, cruzar os braços e dizer não fui eu. Há que trabalhar em conjunto para reduzir a nossa pegada ecológica no futuro”, concluiu a coordenadora do projeto.