Estas eleições são tidas como cruciais para o projeto de socialismo do século XXI, liderado pelo presidente Hugo Chávez desde que há quase 12 anos assumiu o poder.

Para Chávez, que preside ao Partido Socialista Unido da Venezuela, as eleições de hoje são um “aquecer de motores” para as presidenciais de 2012.

Os chavistas querem ver garantidos dois terços do parlamento para poder continuar a aprofundar a revolução bolivariana, que dizem ser humanista e com uma ampla vocação social.

A oposição, que em 2005 desistiu das legislativas alegando falta de garantias eleitorais, quer agora chegar em força à Assembleia Nacional, para impedir que o Governo continue a aprovar leis, que acusam de ser inconstitucionais, numa tentativa de travar o processo de socialismo, que dizem ser uma cópia do "comunismo cubano"

No meio destas duas grandes tendências encontram-se os “ni-ni”, que não estão nem com o Governo nem com a oposição, entre os quais se contam vários partidos de esquerda que no passado apoiaram Hugo Chávez, mas agora esperam conseguir deputados suficientes para romper a polarização existente na política venezuelana.

Vários analistas apontam que, ao contrário com atos eleitorais anteriores, estas eleições poderão registar uma menor abstenção, em parte devido à quantidade de apelos feitos aos eleitores por personalidades e organizações, para que acorram às urnas a votar.

Mais de 110 mil militares e 30 mil milicianos estão encarregados de garantir a segurança nas assembleias de voto e o Conselho Nacional Eleitoral já anunciou ter condições para assegurar a realização de eleições com condições de igualdade para todas as forças políticas concorrentes.