Açoriano Oriental
Venda de árvores naturais já conheceu dias melhores
A venda de artigos naturais parece acusar os efeitos da crise enquanto o negócio das peças artificiais corre melhor...
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Autor: Pedro Nunes Lagarto/Joana Melo
No Parque da Madruga, onde se vendem árvores de Natal naturais, entre outros artigos, os comerciantes queixam-se da falta de compradores, um cenário que não será inteiramente extensível  às lojas do comércio tradicional de Ponta Delgada, onde o negócio de enfeites decorativos parece correr melhor.
Em ambos os casos os comerciantes esperam que à boa maneira portuguesa em que se “deixa tudo para a última da hora” as vendas possam animar já a partir do Dia das Montas (8 de dezembro).
Comecemos pelo Parque da Madruga onde fomos encontrar algum desânimo.
Com efeito, os comerciantes queixam-se da quebra das vendas.  Maria Carreiro é inclusive da opinião que o negócio está cada vez pior: “Em 2011  foi melhor porque no mesmo período já tinha vendido árvores e este ano ainda não vendi nenhuma”, lamenta, enfatizando que “há dias em que só vendi um saco de farelo ou de musgo, o que nem dá para um café”.
Álvaro Oliveira marca presença no Parque da Madruga desde os nove anos de idade e revela que já tem vendido algumas árvores, mas admite haver  uma quebra face aos anos anteriores.

Contrariamente ao  clima de algum desânimo que fomos encontrar no Parque da Madruga, no comércio tradicional as vendas parecem estar a correr melhor.

 

“Há semelhança do ano passado apresentamos uma coleção muito variada de centros de mesa cujos preços oscilam entre os 10 e  60 euros. Estes artigos têm saído muito bem”, salienta.  

 

Já Isabel Carreiro, do Manteiga, refere que, não obstante a crise,  as pessoas continuam a procurar um pouco de tudo, desde árvores, centros decorativos a velas, sendo que o  preço de uma árvore artificial pode atingir os 700 euros.

 

Destaca que as vendas tem corrido bem, embora indique que “muitas pessoas passam cá só para ver e tirar ideias”. 

 

Conceição Pereira, da Try It, comerciante há cerca de onze anos,  também observa que a maioria das pessoas que entra na loja “é para ver, embora alguns voltem para comprar”. Mas, adverte: “ temos bons clientes que voltam sempre”. 
“A crise afeta, mas como procuramos ter preços mais baixos - por exemplo, há árvores artificiais por 13 euros - continuamos a ter clientes”, acrescenta.
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