Autor: Lusa / AO online
Em declarações à Agência Lusa, o autor, que conquistou o galardão com o seu segundo romance - "o remorso de baltazar serapião", editado pela Quidnovi em Março de 2006 - referiu estar "muito habituado a achar que a escrita é um exercício de solidão".
"Tenho a consiência de que este livro não é fácil de ler porque tem passagens de grande violência, sobretudo em relação às mulheres, mas é a minha forma de protestar, expondo as situações que reflectem uma mentalidade machista", assinalou.
A obra, que obteve a unanimidade do júri, decorre durante a Idade Média e narra a história de Baltazar Serapião, um homem que casa com a mulher dos seus sonhos e que será forçado a seguir por caminhos que o levarão ao encontro da bruxaria, da possessão e do remorso.
Nascido em 1971 em Angola, Valter Hugo-Mãe passou a infância em Paços de Ferreira, licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.
Começou por publicar poesia e em 2004 lançou a primeira obra de ficção, "o nosso reino" (Temas e Debates).
Sobre o livro que lhe granjeou o prémio instituído pela Fundação Círculo de Leitores, no valor de 25 mil euros, Valter Hugo-Mãe disse à Lusa que a época em que se passa a narrativa "é sobretudo mental".
"Não me interessa pesquisar épocas, mas falar sobre coisas intemporais como as emoções e os preconceitos", explicou, acrescentando que "o machismo continua a existir nas sociedades contemporâneas".
Adiantou que está já a trabalhar num novo romance - "numa linguagem mais seca" - que decorre na actualidade, cuja personagem principal "faz um longo regresso à infância, até aos anos 80" e que deverá ser lançado pela Quidnovi no primeiro semestre de 2008.
Quanto ao tipo de escrita, caracterizado pela ausência de maiúsculas e despojado de alguns sinais de pontuação como os de interrogação e exclamação, pretende que "sirva de escola para chegar a outros pontos" na literatura.
Valter Hugo-Mãe publicou até hoje nove livros de poesia, entre os quais, "três minutos antes da maré encher", "a cobrição das filhas", "útero", "o resto da minha alegria", "livro de maldições" e "pornografia erudita".
A residir actualmente em Vila do Conde, foi fundador e co-responsável pelas Quasi Edições até 2004 e dirige actualmente a nova editora Objecto Cardíaco, sediada naquela cidade.
"Tenho a consiência de que este livro não é fácil de ler porque tem passagens de grande violência, sobretudo em relação às mulheres, mas é a minha forma de protestar, expondo as situações que reflectem uma mentalidade machista", assinalou.
A obra, que obteve a unanimidade do júri, decorre durante a Idade Média e narra a história de Baltazar Serapião, um homem que casa com a mulher dos seus sonhos e que será forçado a seguir por caminhos que o levarão ao encontro da bruxaria, da possessão e do remorso.
Nascido em 1971 em Angola, Valter Hugo-Mãe passou a infância em Paços de Ferreira, licenciou-se em Direito e fez uma pós-graduação em Literatura Portuguesa Moderna e Contemporânea.
Começou por publicar poesia e em 2004 lançou a primeira obra de ficção, "o nosso reino" (Temas e Debates).
Sobre o livro que lhe granjeou o prémio instituído pela Fundação Círculo de Leitores, no valor de 25 mil euros, Valter Hugo-Mãe disse à Lusa que a época em que se passa a narrativa "é sobretudo mental".
"Não me interessa pesquisar épocas, mas falar sobre coisas intemporais como as emoções e os preconceitos", explicou, acrescentando que "o machismo continua a existir nas sociedades contemporâneas".
Adiantou que está já a trabalhar num novo romance - "numa linguagem mais seca" - que decorre na actualidade, cuja personagem principal "faz um longo regresso à infância, até aos anos 80" e que deverá ser lançado pela Quidnovi no primeiro semestre de 2008.
Quanto ao tipo de escrita, caracterizado pela ausência de maiúsculas e despojado de alguns sinais de pontuação como os de interrogação e exclamação, pretende que "sirva de escola para chegar a outros pontos" na literatura.
Valter Hugo-Mãe publicou até hoje nove livros de poesia, entre os quais, "três minutos antes da maré encher", "a cobrição das filhas", "útero", "o resto da minha alegria", "livro de maldições" e "pornografia erudita".
A residir actualmente em Vila do Conde, foi fundador e co-responsável pelas Quasi Edições até 2004 e dirige actualmente a nova editora Objecto Cardíaco, sediada naquela cidade.