Autor: Lusa/AO Online
A UGT reagiu assim, em comunicado enviado às redações, ao relatório da 11.ª avaliação da troika ao Programa de Ajustamento Económico e Financeiro em curso, designadamente à exigência de indexar as pensões à evolução da economia e à demografia.
A central sindical afirma-se contra a indexação do cálculo das pensões de reforma a dois fatores que “irão provocar uma absoluta indefinição e incerteza nos valores a receber no futuro pelos pensionistas”.
“Ambos os fatores apontados são de tal forma voláteis e incontroláveis que não permitem, com fiabilidade, garantir que os valores calculados em cada momento sejam mantidos e respeitados no futuro”, considera.
A UGT lembra que o secretário de Estado da Administração Pública disse ao país que essa exigência da troika estava "plasmada" no relatório de avaliação, o que foi considerado um “erro” pelo vice-primeiro-ministro e não confirmado pelo primeiro-ministro, que sempre argumentou que o Governo ainda não tinha decidido o que fazer quanto a eventuais cortes nas pensões.
“Perante esta lamentável, e até degradante, situação de indefinição e desarticulação Troika-Governo e até entre alguns governantes, com discursos dessincronizados, importa que, com toda a urgência, o Governo esclareça, sem tibiezas e com total transparência, onde está a verdade, e que acordo ou compromisso assumiu com a Troika em relação a uma matéria onde, com insistência, tem referido que não existirão mais cortes”, defende.
A central sindical liderada por Carlos Silva garante ainda que vai contribuir com ideias e sugestões para alcançar soluções que garantam a sustentabilidade do regime público de pensões.